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Diego Luna e Gael García Bernal, os dois latinos do momento
Patrícia Vilani
Do Diário do Grande ABC
15/11/2003 | 19:18
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Amigos desde a infância, os atores mexicanos Diego Luna e Gael García Bernal não imaginavam que um filme mudaria tanto suas vidas. À época em que foi lançado, E Sua Mãe Também (2001), de Alfonso Cuarón, era apenas uma produção de baixo orçamento que marcava o retorno às raízes de um diretor de prestígio em Hollywood. E transformou-se no filme latino do ano, que foi assistido, comentado e premiado como nenhum outro.

Hoje, apenas dois anos depois, Diego e Gael já são celebridades mundiais. Diego está nos planos de dois dos maiores diretores do cinema norte-americano, Steven Spielberg e Steven Soderbergh. Já Gael, além de encarnar Che Guevara no novo filme do brasileiro Walter Salles, Os Diários da Motocicleta, foi convidado por Pedro Almodóvar para protagonizar o polêmico La Mala Educación, o próximo longa do diretor espanhol.

Pela segunda vez juntos na telona, eles começam a filmar, em março de 2004, um longa ainda sem título sobre o time mexicano Chivas de Guadalajara, com patrocínio do próprio clube, Jorge Vergara, e roteiro de Carlos Cuarón. Ambos já confessaram ser apaixonados por futebol. E, inclusive, se consideram jogadores frustrados.

Diego e Gael têm tudo para emplacar na indústria cinematográfica. Primeiro, porque falam inglês sem nenhum sotaque, coisa que a espanhola Penelope Cruz, por exemplo, não consegue até hoje. Segundo, porque se encaixam no modelo de beleza latina estipulado pelo mercado: são morenos, atléticos, sensuais e têm estilo próprio. Sim, também são bons atores.

O ano de 2004 promete agenda lotada para Diego Luna. No primeiro semestre, estréiam seus dois novos filmes norte-americanos, Dirty Dancing: Havana Nights, um remake do musical de sucesso nos anos 80, e o western Open Range, dirigido por Kevin Costner.

Mas ele deixa claro sua predileção por filmar em casa. “Posso fazer de dez a 15 filmes por ano no México, mas não há dinheiro, não há indústria que movimente o cinema mexicano. Você faz filme por pura diversão”, diz o guapo, que este ano ficou em 15º lugar na lista dos 25 atores jovens mais quentes da revista Teen People.

No cinemão, ainda estão por vir dois blockbusters estrelados por ele. Em The Terminal, de Spielberg, Diego contracena com Tom Hanks e Catherine Zeta-Jones. É um suspense sobre um imigrante dos Balcãs que fica preso num aeroporto de Nova York depois que uma guerra em seu país invalida seu passaporte. E Criminal, dirigido por Gregory Jacobs e produzido e roteirizado por Soderbergh, é um remake do argentino Nove Rainhas, de Fabián Bielinsky.

Já conhecido por seu trabalho em Amores Brutos e O Crime do Padre Amaro, Gael García Bernal se prepara para novos desafios. O maior deles é, sem dúvida, viver o próprio Almodóvar em La Mala Educación. Augustín Almodóvar, que é produtor dos filmes do irmão, confessou que a procura por um protagonista parecia interminável, até que conheceram Gael. “Ele está em plena decolagem”, afirmou.

O longa será ambientado num colégio de padres na década de 1970 e se inspira nas lembranças escolares do cineasta. Na trama, um jovem seminarista tem um romance com um padre.




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