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Governo Lauro e apoios partidários dominam debate em Diadema

Filippi aponta adesão de figuras da atual gestão a Taka, que lembra de casos de corrupção do PT

Por Fábio Martins
Do Diário do Grande ABC
23/11/2020 | 23:43
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Celso Luiz/DGABC


Os apoios políticos à campanha majoritária e a condução do governo de Lauro Michels (PV) à frente do Paço de Diadema dominaram debate ontem à noite, promovido pelo UOL e TVT, entre os prefeituráveis José de Filippi Júnior (PT) e Taka Yamauchi (PSD). Prefeito em três oportunidades, o petista abordou em série de ocasiões a adesão de figuras da gestão verde ao adversário neste segundo turno do pleito na tentativa de colar desgaste da administração municipal, enquanto o pessedista atacou principalmente a coloração partidária do rival visando atrelá-lo à Lava Jato.

Em meio às citações de algumas propostas, ambos procuraram o confronto. O ponto alto do evento, aliás, se deu com as perguntas feitas entre os candidatos. Taka questionou sobre o plano de construir dois Quarteirões da Educação e na réplica falou que o petista está no passado, desconectado com as atuais demandas da cidade. Em seguida, o prefeiturável do PSD disse que o Quarteirão da Saúde é motivo de vergonha, e que não só Lauro não colocou o equipamento para funcionar, como também o antecessor Mário Reali (PT), afilhado político do petista, a quem citou que, embora coordenador da empreitada do rival, está escondido na campanha.

“É o coordenador que você esconde, assim como a cor e estrela do PT. Mas eu falo claramente sobre os escândalos de corrupção (do partido), esses que você não pode esconder”, alegou Taka, referindo-se à Lava Jato. “Reali está aqui e, inclusive, você o viu. Não estou escondendo nada, nem estrela nem o vermelho. Embora pesquisas apontem que o PT conta com simpatia de 25%, tivemos índice acima (no primeiro), o que me orgulha, de forma suprapartidária pelo que fizemos (nos governos)”, rebateu Filippi, que teve 45,65% dos votos contra 15,42% de Taka.

Filippi lembrou que a primeira-dama de Diadema, Caroline Rocha, e outros secretários subiram no palanque de Taka nesta reta final, bem como da derrota eleitoral do prefeito de Ribeirão Pires, Adler Kiko Teixeira (PSDB), a quem o pessedista atuou na gestão como secretário de Obras, frisando que a única experiência do adversário na vida pública não apareceu com êxito. Taka defendeu que o revés de Kiko se deu pela questão jurídica da candidatura, e não pelas ações do Paço.

O petista falou ainda da ligação partidária de Taka com o líder nacional do PSD, Gilberto Kassab, frisando que o ex-prefeito da Capital sim é réu na Lava Jato. “Eu não estou na Lava Jato, saí sem ser indiciado. Não encontraram malfeito. Diferente do seu aliado, que foi denunciado.” O pessedista rechaçou relação com Kassab, negou qualquer investigação de corrupção contra ele e acusou Filippi de estar acostumado a ter a PF (Polícia Federal) o acordando na sua residência – citação que rendeu direito de resposta ao petista, alvo de busca e apreensão em 2016.

Logo na sequência, Taka insinuou que o adversário irá transformar a Prefeitura em cabide de emprego em razão das derrotas do PT no Grande ABC e outras regiões do País, mencionando na lista a ex-presidente Dilma Rousseff, o ex-senador Aloizio Mercadante e o ex-ministro José Dirceu entre as opções. “Não vamos precisar trazer ninguém de fora, temos pessoas ao nosso lado que construíram a cidade. Você é quem está (na campanha) com gente de outras cidades.”  




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