Esportes Titulo 12º Campeonato Nacional
Basquete busca redenção no Nacional
Por Marta Teixeira
Do Diário do Grande ABC
14/11/2009 | 07:00
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"A palavra para o basquete feminino agora é redenção", definiu ontem o técnico Norberto Borracha, do São Caetano/Unip, durante a apresentação do 12º Campeonato Nacional Feminino de Basquete. A competição, que começa hoje com oito equipes - três do Grande ABC - tem uma missão bem definida: recolocar o basquete feminino nos trilhos, provando que a categoria é um bom produto.

O caminho ainda tem muitos desafios: os patrocínios são escassos e a representatividade dos estados baixa. Além de São Paulo, somente Rio de Janeiro (Botafogo) e Santa Catarina (Vasto Verde/Uniasselvi), com uma equipe cada, participam do torneio. "A gente quer aumentar este número, mas para isso temos de estruturar e trazer patrocinadores. O início não vai ser da maneira que gostaríamos, precisamos sair desta área (São Paulo- Rio), mas temos de fazer um trabalho para incentivar outros estados", admite a campeã mundial e vice olímpica Hortência, diretora do departamento feminino da CBB (Confederação Brasileira de Basquete).

"Três estados é muito pouco e isto tem sido uma constante nos últimos tempos. Queremos trazer o Norte-Nordeste para o torneio, mas precisamos de mais tempo para nos dedicar", concordou o presidente da entidade, Carlos Nunes, eleito em maio, que ficou emocionado ao lembrar da técnica Laís Elena, do Santo André, única equipe a participar de todas as edições do Nacional até hoje. "Laís é a história do basquete feminino", confessou.

Apesar das limitações, o otimismo predominou nos discursos das equipes. "Acredito muito que nós vamos vencer (as dificuldades)", disse a técnica, que vê no sucesso do torneio a oportunidade de despertar o interesse de novos patrocinadores para os clubes. "Vai acontecer se atrairmos a mídia e fizermos uma boa competição."

Para o técnico Luiz Watanabe, do AFP/São Bernardo, o mais importante é que o basquete está se profissionalizando, provando ser um produto bom "porque antes o que saía (na imprensa) era só baixaria", desabafou.

Sinal das mudanças, a competição tem patrocínio próprio (Eletrobrás e Eurofarma). "Pela primeira vez o basquete está no caminho certo", comemorou Hortência. "Estamos começando uma nova etapa felizes porque temos muitas perspectivas e objetivos sendo traçados", comemorou.

CBB planeja nova competição para a próxima temporada

A promessa de uma Liga em 2010 voltou a ser confirmada pelo presidente da CBB (Confederação Brasileira de Basquete), Carlos Nunes, ontem, durante a apresentação do Campeonato Nacional Feminino.

A Liga não terá vínculo com a LNB (Liga Nacional de Basquete), que organiza o nacional masculino, mas poderá contar com a lições acumuladas por esta experiência. "Se a CBB nos procurar e pedir qualquer tipo de ajuda estaremos dispostos a colaborar como a Confederação sempre nos ajudou", garantiu o diretor técnico da LNB, Sérgio Domenici. "Mas isto depende de uma iniciativa da CBB."

INDEFINIDO - Se o futuro do Nacional Feminino está traçado até 2010, o mesmo não pode ser dito do comando da Seleção Brasileira. O vínculo do técnico Paulo Bassul terminou após a Copa América e não há nada definido quanto a sua permanência com o time. "Não temos nada decidido, nem previsão para decidir", resumiu Hortência.




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