Há 43 anos o Pacaembu não via uma volta olímpica do Corinthians. O time de maior torcida do Estado, uma das maiores do Brasil, enfim, levantou a taça em casa para a alegria incondicional do bando de loucos que mais uma vez lotou as dependências do estádio municipal. E foi como poucos imaginavam: de forma invicta e incontestável.

Criticado muitas vezes e heróico em outras, o goleiro Felipe era um dos mais exaltados. "Falhas existem e sempre vão existir. Trabalho para melhorar, errar menos. Ser o goleiro da defesa menos vazada não é por acaso", desabafou.

Considerado o motorzinho do meio-de-campo do Corinthians e eleito por Ronaldo o melhor jogador do campeonato, Elias teve motivos de sobra para comemorar: há dois anos, o volante era um desconhecido jogador de várzea.

"Essa minha história é exemplo para muitos. Batalhei duro para chegar até aqui, não tem como explicar o que estou sentindo com esse título", exaltou o jogador que foi aplaudido de pé pelos torcedores. "Essa torcida é maravilhosa, senti dentro de campo e força que eles passam", confessa.

Na maioria das vezes comedido, até o técnico Mano Menezes se rendeu à explosão da conquista. O comandante foi até a torcida e aos gritos de é campeão vibrou próximo aos torcedores. "Esse é o segundo título em apenas dois anos de trabalho. Não é difícil dirigir um time como o Corinthians, onde os altos e baixos ganham proporções enormes, mas o mérito da equipe foi saber administrar a campanha, com calma e chegar nessa decisão e jogar um futebol inteligente, com variações, e sabendo mudar o estilo quando necessário. Estou extremamente feliz", resumiu.