Economia Titulo Natal
Vendas de produtos populares devem crescer apesar da crise
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09/10/2008 | 07:02
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A forte alta da moeda americana nas últimas semanas não deve esfriar o Natal das classes D e E, principais clientes das lojas de R$ 1,99. De acordo com a Abipp (Associação Brasileira dos Importadores de Produtos Populares), os artigos a serem vendidos durante o período de festas já foram encomendados e pagos há cerca de dois meses, quando a moeda americana apresentava cotação em torno de R$ 1,70.

O presidente da Abipp, Gustavo Deudivitis, conta quase 100% das 60 milhões de unidades previstas para serem vendidas no Natal foram compradas antes da oscilação da moeda americana. "Isto significa que os produtos chegarão ao consumidor pelo preço antigo", afirma.

De acordo com o importador, cerca de 80% das mercadorias já foi, inclusive, entregue. "Os 20% restantes estão pagos, mas ainda estão sendo distribuídos nos portos do País", acrescenta.

O Natal é a data mais importante para os produtos populares, respondendo por
40% das vendas em todo o ano. O mercado destes artigos, que ganhou força com
a desvalorização cambial dos últimos dois anos, prevê movimentar R$ 9 bilhões em 2008, dos quais R$ 3 bilhões com produtos importados.

Por conta da manutenção de preços, os atacadistas de produtos populares mantêm
a expectativa de que as vendas cresçam de 6% a 8% no Natal deste ano.

Encontrados em mais de 55 mil pontos de vendas no País, são considerados produtos populares mercadorias com preço entre R$ 0,50 e R$ 20.

ANO NOVO - Se as compra dos produtos para o Natal já estão garantidas, as do Ano Novo são uma incógnita. Deudivitis explica que as empresas deveriam começar a fazer suas encomendas para 2009 a partir do final deste mês. "Estamos diante de uma situação indefinida. Não sabemos a qual será o dólar para a compra estes produtos. Podemos estar diante de uma onda, mas também podemos estar observando a formação de um tsunami", avalia Deudivitis.




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