Política Titulo ‘Da Aliança Não Foi’
Marina Silva rechaça nomeação ‘precipitada’ de ministros

Presidenciável do PSB afirma que tem grupo interessado em colocá-la na ‘mesma cesta’ daqueles que escolheram 1º escalão antes de eleito

Fábio Martins
Do Diário do Grande ABC
04/09/2014 | 07:00
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Orlando Filho/DGABC


Candidata do PSB à Presidência, Marina Silva negou ontem ter feito a escolha antecipada de futuros integrantes da Esplanada dos Ministérios. Lista com 12 nomes foi publicada pelo jornal Folha de S.Paulo, mas a socialista descartou a possibilidade ao afirmar que há grupo interessado em colocá-la “na mesma cesta” de outros postulantes que “nomearam ministros antes de ser eleito”, em crítica ao adversário do PSDB, senador Aécio Neves. “Para nomear ministro é preciso primeiro que seja nomeado pelo povo.”

Marina fez questão de sublinhar que a lista não partiu de sua equipe de campanha. “Isso não vem da nossa aliança. Somente com a confiança da população (no voto) é que se tem a legitimidade para poder fazer a nomeação”, frisou. Entre os nomes elencados no rol estão o de José Serra (PSDB, Saúde), Walter Feldmann (PSB, Casa Civil), Luiza Erundina (PSB, Desenvolvimento Social), Cristovam Buarque (PDT, Educação), Eduardo Suplicy (PT, Direitos Humanos), Eduardo Giannetti (Fazenda) e Roberto Freire (PPS, Justiça).

A ex-senadora cumpriu atividade eleitoral na Faculdade de Medicina da USP (Universidade de São Paulo, na Capital. No local, Marina sinalizou que o Programa Mais Médicos, do governo federal, ajuda neste momento de crise nos serviços de Saúde do País. Em contrapartida, segundo a socialista, a medida tem de ser entendida como complemento e “não como se fosse solução definitiva”. “Devemos trabalhar para que o Brasil possa prover a quantidade de médicos necessária para atender toda a população.”

A postulante do PSB condenou a postura adotada pela campanha do PT, liderada pela presidente Dilma Rousseff, que concorre à reeleição, por ressuscitar o tema “medo” no processo eleitoral. “Vejo muita esperança”, concluiu, em referência ao discurso do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no páreo de 2002, quando ele utilizou o bordão: ‘A esperança venceu o medo’. Para Marina, há envolvimento da sociedade em acreditar na democracia e na certeza de contribuição para melhoria do cenário político.

Acusada de plágio por Aécio ao repetir plano na área de direitos humanos, a ex-senadora alegou que o item não deve ser privatizado por nenhum partido. “Essa é visão pouca generosa em relação às conquistas. Não podem ser fulanizadas.”




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