O setor de finanças apresentou números expressivos na contratação de executivos de média e alta gestão no primeiro semestre no Brasil, de acordo com pesquisa realizada pela Michael Page, empresa líder mundial em recrutamento executivo de média e alta gestão, parte do PageGroup.

Com aumento de 26% em relação ao mesmo período do ano passado, finanças foi a área que mais demandou profissionais nos primeiros seis meses do ano – a pesquisa não apresentou números absolutos. Segundo o diretor da Michael Page, Henrique Dessa, o mercado financeiro é um dos que menos sofre com a economia fraca. “A previsão era de que seria um ano difícil e, como as empresas não enxergam avanços na área de finanças, elas trocam bastante de profissionais para tentar alavancar os lucros”, afirmou.

Ainda conforme o levantamento, engenharia aparece na segunda posição dos mais requisitados, com crescimento de 15%, seguido pela área de vendas, com 11% de aumento. “De certa forma, as duas áreas têm relação com a de finanças. Ambas não criaram muitos postos de trabalhos, mas estão trocando bastante os profissionais. Com isso, o número de contratações teve elevação considerável”, explicou Dessa. “O crescimento da área comercial foi até um pouco atípico. Mas, como as empresas estão tentando expandir os negócios, estão reforçando as equipes de vendas”, emendou.

A construção civil, por sua vez, que cresceu 10%, foi a única área que abriu mais vagas do que trocou empregados no primeiro semestre, segundo o diretor da Michael Page. Por fim, o RH (Recursos Humanos), apareceu na quinta posição, avançando 6% no primeiro semestre em relação ao mesmo período do ano passado.

PROJEÇÃO - Dessa destacou que algumas áreas tendem a se destacar nos próximos anos e indicou alguns cursos para quem está se especializando na carreira. “A perspectiva do setor de finanças é só crescer. O mercado está muito ativo. Nessa área, as multinacionais valorizam bastante os profissionais de Contabilidade, principalmente os voltados para impostos. Formação em Direito também é importante, assim como em Economia”, aconselhou.

“Acreditamos bastante na área de construção civil nos próximos anos. É uma mão de obra especializada difícil de ser encontrada. Já na engenharia, a área de petróleo e gás também deve crescer consideravelmente”, completou o diretor.