A presidente Dilma Rousseff anunciou ontem, durante o pronunciamento nacional do 7 de setembro na televisão, a redução de 16,2% na conta de luz para os consumidores a partir de janeiro. Os detalhes serão divulgados somente na terça-feira, dia 11.

As empresas também serão beneficiadas com diminuição de 28% na tarifa de energia elétrica. Dilma explicou que o maior percentual se deve ao fato de o setor produtivo operar na alta-tensão. "A diminuição da tarifa vai ajudar a indústria em dificuldades, contribuindo para evitar as demissões", justificou.

Segundo a presidente, a mudança integra conjunto de medidas para reduzir os custos de produção e melhorar a competitividade das companhias. Ela anunciou também, sem entrar em detalhes, que será criada empresa de planejamento logístico que visa reforçar o poder regulador do Estado. "Vamos, dessa maneira, assegurar o mais baixo custo de frete e acabar com os monopólios", explicou, referindo-se às parcerias público-privadas.

Serão investidos R$ 133 bilhões na construção e modernização de rodovias, ferrovias, portos e aeroportos. "Serão 10 mil quilômetros de ferrovias e quase 8.000 de rodovias."

Boa parte da sustentação para esse cenário, segundo Dilma, já vem sendo feita: recuo dos juros por meio da taxa básica de juros, a Selic, para 7,5% ao ano, e da TJLP (Taxa de Juros de Longo Prazo) a menos de 1% ao ano, e da carga tributária por meio da redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) para veículos, material de construção, móveis, linha branca e bens de capital. "A diminuição dos impostos fez com que empregos fossem mantidos", disse. "Estou disposta a abrir amplo diálogo com as forças produtivas", declarou Dilma.