Economia Titulo Seu bolso
Cesta básica fica R$ 40,15
mais cara em um ano na região

Vilões do bolso do consumidor são arroz, tomate, cebola e
carne; plantações são prejudicadas por mudanças no clima

Por Soraia Abreu Pedrozo
Do Diário do Grande ABC
07/09/2012 | 07:22
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O carrinho de compras da dona de casa está mais vazio do que há um ano, por conta do encarecimento dos produtos nos supermercados. A cesta básica, que hoje sai em média por R$ 394,60, 12 meses atrás era vendida por R$ 354,45 - diferença de R$ 40,15. Boa parte desse aumento se deu neste ano; na primeira semana de janeiro o conjunto de itens de primeira necessidade custava R$ 362,27 e de lá para cá se deu a escalada de preços, com pico no fim de agosto, quando em uma semana houve alta de R$ 7.

Os vilões do bolso do consumidor têm sido tomate, batata, cebola, arroz e carne. As plantações dos hortifrúti e cereal vêm sendo prejudicadas pelas oscilações bruscas do clima, ora muito frio, ora muito quente, e pela falta de chuvas. Com menor oferta no mercado e produtos nem sempre de boa qualidade, os preços sobem.

No caso da carne, sem chuvas o pasto fica muito seco e, para complementar a alimentação do gado, o produtor tem que incrementar com ração - gastando mais, o custo se eleva.

Na última semana, ao menos, os valores ficaram estáveis, com acréscimo de 0,02%, o que representou R$ 0,07 a mais. De acordo com pesquisa da Craisa (Companhia Regional de Abastecimento Integrado de Santo André), o quilo do tomate segue custando acima de R$ 6, sem registro de alta em seu preço. A batata foi o item que mais encareceu nos últimos dias, 16,57%, custando em média R$ 2 o quilo. A cebola está 9,85% mais cara, a R$ 2,39 o quilo. A carne de primeira, a exemplo do coxão mole, custa 6,24% mais, em média R$ 16 o quilo.

No caso do arroz, em que o pacote de cinco quilos subiu 2,34% e é vendido por cerca de R$ 8,31, o aumento é visto com bons olhos pelo engenheiro agrônomo da Craisa, Fábio Vezzá De Benedetto. "A safra 2012/2013 deve ser plantada em breve e preços em baixa para o arroz neste momento poderiam resultar em valores altos durante todo o ano que vem", diz ele, referindo-se ao fato de que, com o custo do cereal mais valorizado, os produtores ficam estimulados, plantam mais, a oferta cresce e o consumidor tem preços melhores para o ano que vem.

Outra boa notícia é que a unidade do alface está 13,47% mais barata, saindo em média por R$ 1,75. O valor do quilo da laranja diminuiu 13,45% e é vendido por cerca de R$ 1. O feijão recuou 1,98% e o pacote de um quilo custa R$ 3,47. O frango também está mais acessível, 1,92% mais barato, custando R$ 4,59 o quilo.

 

 




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