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Tucanos preocupados com Alckmin
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10/04/2006 | 08:09
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Os tucanos vêem com preocupação o fato de o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ficar imune aos escândalos que desgastam o governo e manter estável o índice de aprovação de sua administração. Ao mesmo tempo, passam a prestar mais atenção na pré-candidatura do peemedebista Anthony Garotinho, que se aproxima do pré-candidato tucano, Geraldo Alckmin, nas intenções de voto. “Garotinho é um lutador, e com lutador não se brinca”, diz o líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM).

O senador ressalva que Garotinho foi beneficiado pelos programas de TV do PMDB, mas conta que sempre chamou atenção dos companheiros de partido para o potencial do ex-governador do Rio. “Ele é relevante como adversário e também no caso de não disputar a Presidência, o que faria a eleição se resolver no primeiro turno”, diz Virgílio. Por enquanto, os tucanos mantém o investimento político na pré-candidatura de Alckmin à sucessão de Lula e não querem falar na possibilidade de o ex-governador ser substituído na disputa pelo ex-prefeito José Serra, pré-candidato ao governo de São Paulo.

Pesquisa do Datafolha divulgada ontem mostra que a diferença entre Garotinho e Alckmin caiu de 11 pontos porcentuais para apenas cinco. Alckmin perdeu três pontos e ficou com 20%. Garotinho subiu três pontos, chegando a 15%. O presidente Lula mantém a liderança, com 40%, dois pontos a menos que na pesquisa anterior. Sem Garotinho, Lula venceria no primeiro turno. Apesar do discurso de que a campanha ainda não começou, os tucanos não querem perder tempo. “O que precisa é brigar no dia-a-dia, ganhar um pedacinho a cada dia”, diz o deputado Alberto Goldman (SP), ex-líder do PSDB na Câmara. Sobre a possível troca de Alckmin por Serra, o secretário-geral do PSDB, deputado Eduardo Paes (RJ) afirma: “Isso é intriga do PT”, diz o secretário-geral do PSDB, deputado Eduardo Paes (RJ). “É sabotagem do inimigo”, reforça Goldman. Como são obrigados pela Lei Eleitoral a deixar os cargos para concorrer, Serra e Alckmin tiveram de anunciar suas pré-candidaturas no fim de março.

Oficialmente, os candidatos só são lançados depois das convenções dos partidos, em junho. Um dos principais motivos que fazem os tucanos manterem a candidatura nacional de Alckmin é a confortável situação de Serra na disputa estadual. As pesquisas mostram que o ex-prefeito venceria no primeiro turno. No PFL, que fará aliança nacional com Alckmin, a expectativa é de passar o mais rapidamente possível “da defensiva para o ataque”, como diz o líder do partido no Senado, José Agripino (RN). Agripino considerou “preocupante” a resistência de Lula aos escândalos e “ruim” o resultado da pesquisa para Alckmin. “É preciso urgência na tomada de providências”, disse o líder.




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