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Diadema terá R$ 10,5 mi para urbanizar as favelas
Fabrício Calado Moreira
Do Diário do Grande ABC
06/02/2006 | 07:59
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Diadema terá neste semestre cerca de R$ 10,5 milhões para o Programa Favela Zero, que se destina a obras de revitalização, saneamento e construção de unidades habitacionais. Serão beneficiadas quase 2,7 mil famílias do município que moram em núcleos habitacionais, alojamentos e favelas urbanizadas. As licitações já estão em andamento, e a verba virá do Ministério das Cidades, do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) e da administração municipal.

"É o maior volume de investimentos dos últimos anos", festeja o secretário municipal de Habitação, Josemundo Dario de Queiroz, o Josa. Uma das ações que será retomada, o Projeto Júpiter, foi iniciada no primeiro mandato de prefeito de José de Filippi Júnior (PT), de 1993 a 1996. À época, foram construídas cerca de 100 unidades habitacionais. Em 2003, segunda gestão de Filippi, foram mais 100 unidades. Já neste mandato, o objetivo é entregar outras 140.

O custo do Projeto Júpiter é de R$ 5,5 milhões, e a previsão de execução das obras é de 24 meses. Deste montante, R$ 1 milhão virão do PSH (Programa Subsídio à Habitação) do Ministério das Cidades, e o restante da Prefeitura.   Outro processo em andamento é o Projeto Habitar Brasil, que conta com verba do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) no valor de R$ 3,5 milhões. A contrapartida da Prefeitura é de R$ 2,2 milhões, e os recursos servirão para obras de urbanização (que incluem parcelamento de lotes, drenagem, saneamento, iluminação e construção de núcleos) para famílias do alojamento Betel, Iamberê e núcleo habitacional Vera Cruz. As obras começam em 15 dias.

Já no dia 10 devem ser retomadas as obras de urbanização no núcleo Marilene, parceria entre a Prefeitura e a Saned (Companhia de Saneamento de Diadema) cujo contrato terminou em dezembro. Prevista para durar 12 meses e com custo estimado em R$ 150 mil, a proposta é de intervenções de urbanização na região, onde residem cerca de 1,5 mil famílias. Pelo convênio, a Saned contratará a empresa que fará a mão-de-obra e os serviços de saneamento, enquanto a administração, por meio da Secretaria de Habitação, fornecerá o material necessário para o serviço. "O volume de recursos parece pequeno, mas dá para bastante coisa", garante o secretário.

Investimento – "A última vez que se investiu tanto no setor foi na primeira gestão do Filippi, que chegou a destinar 6% do Orçamento para a habitação", revela Josa. Hoje, segundo o titular da Pasta, 3% do Orçamento vão para a área. "Mas houve um aumento na arrecadação orçamentária de lá para cá, e, no último ano, também tivemos incremento nos recursos por conta da verba da União", ressalta Josa.

Outros núcleos a serem urbanizados: Fazendinha, favela Kronis, Novo Habitat, Iamberê e Casiúna. Para estes, a previsão de investimento é de R$ 1,5 milhão e o objetivo é prevenir as áreas de risco de deslizamento por conta das chuvas.




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