O criminoso foi preso por acaso. Por volta de 20h30 de segunda-feira, ele estava num ponto de ônibus, em Senador Camará, na Zona Oeste, depois de tentar se refugiar na casa de outra tia. Dois policiais militares passaram e desconfiaram do rapaz. Ao revistá-lo, viram que estava sem documentos e tinha dois cartões de banco em nome de Josinete dos Anjos Moraes e José Eduardo Bacelar Mello, os parentes que matou. "No momento da prisão, uma pessoa avisou aos policiais que o Jonílson era suspeito da chacina, e ele foi reconhecido aqui na delegacia", disse o delegado da 33ª DP (Realengo), Leonilson Ribeiro.
Aparentando ser uma pessoa fria e sem se expressar claramente, o assassino contou aos jornalistas que não se dava bem com Josinete e Mello, que, afirmou, o humilhava e chamava de vagabundo. "Às vezes, eles arrumavam motivo para falar o que não deviam. Não tenho razão para me arrepender." Moraes, que está desempregado, contou que matou primeiro os meninos Vítor, 10 anos, e Matheus, 5, enquanto dormiam. "Usei um fio de náilon para enforcá-los. Tinha de fazer da maneira mais silenciosa possível." Em seguida, foi ao quarto do casal e os golpeou na cabeça com uma pá.
A família foi empilhada e queimada nos fundos da pequena casa de quarto e sala. Moraes alegou que ateou fogo nos parentes porque não tinha como enterrá-los. "Para mim, é um psicopata. Vou pedir ao juiz a internação porque ele não é normal", disse Ribeiro. Moraes teve a prisão preventiva decretada por causa dos quatro homicídios triplamente qualificados.
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