Muitas pessoas se perguntam: como posso ajudar meu filho na complicada jornada de escolher a profissão? É muito comum um adolescente não saber bem o que quer ou querer seguir várias carreiras diferentes. Portanto, para quem está perto e quer ajudar, é importante fazer boas perguntas e estimular conhecimento maior das possíveis profissões de interesse. Também é importante atendimento voltado à orientação vocacional. Esta é uma fase complicada porque muitas pessoas têm o "mito" de que não se pode errar na escolha. No entanto, errar não é o fim do mundo e, se acontecer, é melhor dar um passo atrás tão logo o adolescente perceba. A pressão que alguns sofrem é tão nociva que parece que é uma questão de vida ou morte acertar. E a escolha de uma carreira será excelente se o adolescente conseguir enxergar o que tem de bom e como pode utilizar isto a serviço de uma profissão. Mas, se em um dado momento esta escolha for ainda obscura, as pessoas que amam este adolescente devem ajudá-lo e tirar a pressão do "é agora ou nunca".

O sistema educacional brasileiro deixa as possibilidades muito abertas, o que, por um lado, dá amplitude de escolha e, por outro, pode angustiar com tantas possibilidades. O fato é que as pessoas, ao longo de sua trajetória estudantil, percebem as áreas com as quais têm mais afinidade e isso pode ajudar muito quando se pensa no futuro. Outro ponto importante é perguntar como a pessoa se vê no futuro. O que quer ter e o que quer ser? Estas são perguntas importantes quando se escolhe uma profissão.

Aos pais cabe fazer perguntas, por exemplo:

1. O que lhe dá prazer em fazer?

2. O que você gostaria de fazer quando falamos em trabalho?

3. Como você se vê no futuro? Feche os olhos e tente se imaginar.

4. Compre o guia do estudante para estimular o adolescente a ler sobre o assunto e ter mais informações para pautar sua escolha.

Após a fase de perguntas, vem a etapa do estímulo para as respostas. Estimule seu filho a procurar e conversar com profissionais da área pela qual ele tem interesse. Faça com que ele entenda na prática do que estamos falando quando tratamos aquela profissão. Eu lembro bem que, quando pensei em cursar psicologia, além de ver o trabalho da psicóloga organizacional da empresa em que eu trabalhava, visitei um hospital psiquiátrico e uma escola com psicóloga na equipe multidisciplinar. Foi fantástico para eu ver na prática do que estávamos falando quando eu pensava em psicologia.

Na próxima semana, seguirei com mais dicas sobre a escolha da profissão. Até lá, siga confiante e boa sorte!