O novo presidente da Bolívia, Eduardo Rodríguez, se comprometeu a convocar eleições gerais no país. Ele foi empossado no cargo na noite de quinta-feira, após o Congresso aceitar a renúncia de Carlos Mesa.
Rodríguez era o terceiro na linha de sucessão constitucional, porém os presidentes do Senado e da Câmara dos Deputados, Hormando Vaca Diez e Mario Cossío, abdicaram de seus direitos de ocupar o posto de Mesa. Rodríguez aceitou a função porque, como presidente da Suprema Corte de Justiça, era o único com poder para antecipar as eleições.
O novo presidente é o terceiro do país desde agosto de 2002. Ele jamais exerceu atividades relacionadas à política — sua trajetória foi exclusivamente jurídica. Formado em Direito em 1981 pela Universidad Mayor de San Simón, chegou à Suprema Corte em 1999, para assumir sua presidência cinco anos depois. Rodríguez fez mestrado de Administração Pública na Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, e foi professor em várias universidades bolivianas.
No discurso de posse, Eduardo Rodríguez disse que exercerá um "mandato breve com a ajuda do Congresso" e defendeu um "grande acordo nacional". "Não tenho qualquer propósito político, partidário ou pessoal", destacou, pedindo a "cooperação solidária do povo boliviano".
Ao comentar o principal desejo dos manifestantes bolivianos, o novo presidente lembrou que a Constituição da Bolívia afirma que os hidrocarbonetos "são de domínio original do Estado".
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