A meta para este ano é utilizar todo o recurso destinado pelo governo federal ao Proex, R$ 2,4 bilhões, colaborando com aproximadamente 500 empresas, número 26,9% maior do que o registrado em 2003. “Precisamos descentralizar a nossa base de exportação e fazer com que mais empresas do país participem do mercado externo”, disse Fernando Magno, gerente de divisão da Diretoria de Governo do Banco do Brasil. Segundo ele, cerca de 50 grandes empresas detêm aproximadamente 40% das exportações brasileiras.
Por conta desse cenário, o alvo do Proex são, principalmente, as micro e pequenas empresas. Dados do Banco do Brasil mostram que 90% das empresas que utilizaram a modalidade financiamento no ano passado eram de micro, pequeno e médio porte – na modalidade equalização, em contrapartida, a maior parte dos participantes é formada por empresas de grande porte. A principal dificuldade para que mais empresas exportem, na opinião do gerente, é a falta de informação sobre o mercado internacional.
“Precisamos mudar a cultura dos empresários e fazer com que as exportações não sejam apenas espasmos, mas aconteçam hoje, amanhã e depois. O empresário deve saber que, quando ele coloca um produto na prateleira em outro país ou quando ele vende uma máquina para uma empresa em outro país, deve estar preparado para repor esse produto ou oferecer o pós-venda dessa máquina”, afirmou Magno, explicando que toda e qualquer iniciativa local é fundamental para a mudança.
A principal diferença entre as modalidade financiamento e equalização são as instituições financeiras envolvidas. Enquanto a primeira é realizada somente pelo Banco do Brasil, a segunda permite a participação de organismos multilaterais. No financiamento, o crédito está limitado a 85% do valor da exportação, com prazo de até dez anos para pagamento e taxas de juros praticadas pelo mercado internacional.
Na equalização, as condições são negociadas diretamente com o banco, sendo que o Proex assume parte dos encargos financeiros, tornando-os compatíveis com os praticados no mercado internacional. Força regional – Ações de incentivo à exportação não são novidades no Grande ABC. Em setembro do ano passado, a Casa do Mercosul, órgão da Prefeitura de São Caetano destinado a fomentar o ingresso das pequenas empresas do município no mercado externo, apresentou oficialmente o primeiro consórcio de exportação de autopeças da região, denominado ATA (Autoparts Technologies Alliance). As empresas se associaram para somar esforços para aumentar as vendas ao mercado externo.
O projeto do consórcio tem um orçamento estimado de R$ 2,4 milhões até 2005 e a meta inicial de exportar US$ 4 milhões nesse período. Além do consórcio de autopeças, outros que surgiram na região foram os de móveis e do setor plástico.
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