Economia Titulo Intenção de compra
Na região, gasto no Dia dos
Namorados será 28% maior

Valor médio deve ser de R$ 231 ante R$ 169 em 2020; celebrada pela segunda vez na crise sanitária, data pode movimentar até R$ 64 milhões

Flavia Kurotori
Do Diário do Grande ABC
05/06/2021 | 09:00
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Celso Luiz/DGABC


O morador do Grande ABC pretende gastar, em média, R$ 231 para comemorar o Dia dos Namorados. Em comparação a 2020, quando os casais estavam dispostos a empenhar R$ 169 na data, houve aumento real (descontando a inflação de 6,75% no período) de 28%. O valor inclui não apenas o presente, mas também o jantar, ida ao cinema e outros programas ou mimos para celebrar o dia 12 de junho. Os dados são da PIC (Pesquisa de Intenção de Compra), divulgada ontem pelo Observatório Econômico da Universidade Metodista.

Considerando apenas o presente, o dispêndio previsto é de R$ 186, acréscimo real de 14% em comparação aos R$ 152 gastos no ano passado. Sandro Maskio, coordenador da pesquisa, explica que a população está adaptada à pandemia, sentindo-se mais confiante para consumir. “As pessoas estavam mais receosas, estávamos nos primeiros meses da pandemia. Agora, de alguma forma, elas se adaptaram com esta realidade. Mesmo com o nível de transmissão e mortes mais elevado, a taxa de isolamento está muito menor (em maio de 2020, o índice chegou a 60% e, neste ano, o máximo foi de 47%, conforme dados do governo do Estado)”, assinala.

Chama atenção, que além de itens de vestuário e perfumaria, que tradicionalmente lideram o ranking, com 29,2% e 15,5%, respectivamente, das intenções de compra, os livros figuram na terceira posição, já que 8,3% dos entrevistados pretendem presentar com uma obra impressa ou digital. Segundo a pesquisa, isso acontece em razão da mudança de hábitos de lazer da população com o isolamento imposto pela pandemia.

Ao contrário dos anos anteriores à crise sanitária, a maioria dos moradores da região (59,4%) pretende adquirir o presente via e-commerce ou redes sociais. Em seguida, o meio preferido de compra é o shopping que oferece serviço de entrega (13,2%) ou mesmo presencialmente nos centros de compras e no comércio de rua (9,4%), que antes liderava a preferência. Impactados pelo fechamento dos estabelecimentos comerciais, 81% dos consumidores afirmam estarem adaptados aos meios eletrônicos de compras.

Embora o Dia dos Namorados deva movimentar R$ 64 milhões no Grande ABC, quantia 5% maior do que em 2020, justamente por causa desta mudança no comportamento do consumidor o valor não deve ser injetado na íntegra no comércio regional. Isso porque a maioria pretende fazer compras via internet, podendo adquirir produtos de outras localidades. “O comércio digital foi impulsionado pela pandemia, mas certamente quando isso acabar, muitos consumidores vão continuar priorizando as compras on-line. É fundamental que o comerciante consiga perceber isso e crie oportunidades sem se limitar ao público que circula na rua”, destaca Maskio.

Outro dado impactado pela pandemia é quais pessoas serão presenteadas. Houve ampliação da quantidade de entrevistados que pretendem presentar o marido (22,1%) e a mulher (15,6%), enquanto o percentual de indivíduos que planejam presentear o namorado (30,3%) ou namorada (23,8%) caiu. A justificativa é a de que o isolamento aproximou os casais que vivem juntos. Já os casais de namorados foram afetados pelo desemprego, uma vez que sua maioria é de pessoas jovens, um dos principais grupos que sofrem com a falta de empregos.

Data deve ser a 1ª com saldo positivo na pandemia

O Dia dos Namorados deve levar o varejo paulista a um acréscimo de 5,7% nas vendas de junho deste ano, em relação a igual período do ano passado, quando houve alta de 2,8%, prevê a Fecomercio-SP (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo). A variação deve ser puxada por uma elevação de 14,1% em perfumarias e de 3,9% em lojas de roupas e calçados em todo o mês de junho.

Segundo a instituição, esta será a primeira data comemorativa com impacto positivo sobre as vendas mensais do varejo, após prejuízos no mês do Dia das Mães.

A entidade estipula que junho ainda não será um mês de recuperação, mas de crescimento na comparação anual, com faturamento na casa dos R$ 69 bilhões, 5,7% superior ao de 2020 e 8,7% ao de 2019.

Além do Dia dos Namorados, fatores como uma possível fase flexível para o comércio a partir da segunda quinzena, uma demanda reprimida sobre o consumo e a nova rodada do auxílio emergencial colaboram para a expectativa. Entre as atividades que compõem o levantamento, a que mais deve faturar é a de ‘outras atividades’, com expansão de 15,4%, na qual está incluso o grupo de combustíveis.

Mesmo sem auxílio emergencial, haveria crescimento nas vendas, de 3,3% ante junho de 2020, estima a Fecomercio-SP. “No geral, junho é um mês de boas expectativas para o varejo. Os fatores positivos devem aumentar a confiança de consumidores e empresários. Apesar disso, também não deixamos de observar as incertezas de um contexto econômico marcado pela volatilidade”, afirma a instituição em nota.

O morador do Grande ABC pretende gastar, em média, R$ 231 para comemorar o Dia dos Namorados. Em comparação a 2020, quando os casais estavam dispostos a empenhar R$ 169 na data, houve aumento real (descontando a inflação de 6,75% no período) de 28%. O valor inclui não apenas o presente, mas também o jantar, ida ao cinema e outros programas ou mimos para celebrar o dia 12 de junho. Os dados são da PIC (Pesquisa de Intenção de Compra), divulgada nesta sexta-feira (4) pelo Observatório Econômico da Universidade Metodista.

Considerando apenas o presente, o dispêndio previsto é de R$ 186, acréscimo real de 14% em comparação aos R$ 152 gastos no ano passado. Sandro Maskio, coordenador da pesquisa, explica que a população está adaptada à pandemia, sentindo-se mais confiante para consumir. “As pessoas estavam mais receosas, estávamos nos primeiros meses da pandemia. Agora, de alguma forma, elas se adaptaram com esta realidade. Mesmo com o nível de transmissão e mortes mais elevados, a taxa de isolamento está muito menor (em maio de 2020, o índice chegou a 60% e, neste ano, o máximo foi de 47%, conforme dados do governo do Estado)”, assinala.

Chama atenção que além de itens de vestuário e perfumaria, que tradicionalmente lideram o ranking, com 29,2% e 15,5%, respectivamente, das intenções de compra, os livros figuram na terceira posição, já que 8,3% dos entrevistados pretendem presentar com uma obra impressa ou digital. Segundo a pesquisa, isso acontece em razão da mudança de hábitos de lazer da população com o isolamento imposto pela pandemia.




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