Economia Titulo Fase emergencial
Bares e restaurantes da região protestam contra fechamento

Estabelecimentos dizem que terão de demitir se não houver auxílio até o fim de março

Soraia Abreu Pedrozo
Do Diário do Grande ABC
13/03/2021 | 00:10
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Nario Barbosa/DGABC


Bares e restaurantes do Grande ABC protestam contra o endurecimento das regras estabelecidas pelo governo do Estado para tentar conter o avanço do novo coronavírus. A partir de segunda-feira, o Plano São Paulo avança da fase vermelha para a emergencial, e tudo o que não for serviço essencial terá de fechar as portas por 15 dias.

Estabelecimentos do bairro Jardim, em Santo André, como o Boteco do Porco, colocaram faixas com os dizeres: ‘Empregos são essenciais. Concordamos com o momento, mas não depende só de nós. Governador (João Doria, PSDB), faça a sua parte!’. De acordo com o subgerente Luiz Renato, o local emprega 23 pessoas, das quais 21 estão de férias diante da queda brusca de 90% no faturamento. “Não temos como ficar 15 dias fechados. Entendemos que a situação é complicada, mas se não tivermos auxílio financeiro ou pudermos abrir dentro do horário restrito, até as 21h, e com capacidade reduzida, teremos de demitir”, afirma. “Em julho completaremos três anos aqui. Espero que consigamos, porque desse jeito não temos como pagar as contas. Estamos jogando boleto para frente e trabalhando com delivery, mas para isso bastam dois funcionários. Nosso forte é o presencial”, desabafa.

A categoria pleiteia, por meio do Sehal (Sindicato das Empresas de Hospedagem e Alimentação do Grande ABC), a suspensão da cobrança de impostos como IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) e ISS (Imposto Sobre Serviços), além de taxas municipais. Mas, por ora, não teve retorno. Ontem, o presidente da entidade, Beto Moreira, reforçou a necessidade do setor junto às prefeituras, mas ainda não obteve retorno.

A iniciativa se baseou em resultado de votação da Câmara dos Vereadores de Mauá em que houve o aval a projeto que suspende a cobrança desses tributos, no entanto, ele ainda não foi sancionado nem vetado.

Segundo Moreira, há cerca de 8.000 estabelecimentos no Grande ABC que carecem desse auxílio. Eles empregam em torno de 52 mil pessoas. E, se nada for feito, conforme o presidente do Sehal, 30% do efetivo, ou 15,6 mil, podem perder o emprego na região. 




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