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Hospital abandonado na
D.Pedro II será demolido

Prédio em Santo André deverá ser derrubado ainda neste
ano; o local é temido pela comunidade do bairro Jardim

Fábio Munhoz
Do Diário do Grande ABC
21/05/2012 | 07:00
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Abandonado desde 2007, o prédio que abrigava o Hospital Saúde Santo André, na Avenida Dom Pedro II, deverá ser demolido ainda neste ano. Devido ser frequentado por moradores de rua e usuários de drogas, o local passou a ser temido pela comunidade do bairro Jardim, área nobre da cidade.

No dia 11, o proprietário da área protocolou na Prefeitura requerimento para emissão do alvará de demolição. A administração informou que o dono do imóvel tem prazo de 60 dias para apresentar toda a documentação necessária. Após a aprovação do pedido, a demolição do prédio deve ser feita em seis meses, período que pode ser prorrogado por mais um semestre. Dessa forma, o prazo para a demolição poderá ser estendido até julho de 2013. Nesta semana, a Câmara protocolou requerimento pedindo agilidade na análise da documentação.

Desde que o prédio deixou de ser vigiado, passou a ser dor de cabeça entre comerciantes e moradores do entorno. No segundo semestre do ano passado, o imóvel foi incendiado quatro vezes por moradores de rua. Em julho, vizinhos relataram caso de estupro no interior do prédio. A ocorrência, no entanto, foi registrada apenas como roubo.

Do lado de dentro, o cenário é assustador. Móveis queimados, lixo, insetos e ratos contrastam com materiais ainda intactos. A equipe do Diário esteve no local durante a semana e achou documentos com o cadastro de pacientes, além de caixas de medicamentos fechadas. Próximo ao portão dos fundos, na Rua Padre Manoel da Nóbrega, há seringas e agulhas usadas, algumas, inclusive, com vestígios de sangue. As paredes foram quebradas por moradores de rua em busca de fios e cabos de cobre, além de outros materiais que possam ser vendidos no mercado informal.

Algumas das salas do antigo centro médico se transformaram em dormitórios, com colchões velhos e embalagens usadas de bebidas alcoólicas. Também foram encontrados cachimbos improvisados, provavelmente utilizados para o consumo de crack.

SAMCIL
O centro hospitalar pertencia à rede Samcil, que deixou de prestar atendimento no Grande ABC em abril de 2011. O grupo privado também tinha unidades em São Bernardo e Mauá. A carteira de clientes foi comprada pela empresa Greenline.




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