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ONU propõe força internacional de segurança no Afeganistão
Das Agências
14/11/2001 | 00:02
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A Organização das Nações Unidas (ONU) sugeriu nesta terça-feira a formação de uma força internacional para ajudar o Afeganistão a formar um governo provisório. No entanto, o projeto ainda é vago, apesar da necessidade de se agir com rapidez.

A iniciativa foi considerada pelo Conselho de Segurança, reunido horas depois da queda de Kabul. O Conselho trata agora de agir com rapidez para evitar o caos em território afegão. "Sem uma segurança real e durável, nada será possível — principalmente o estabelecimento de um novo governo" em Kabul, declarou o representante especial da ONU para o Afeganistão, Lakhdar Brahimi.

A presença de grupos terroristas no país "faz necessária a formação de uma força de segurança sólida", afirmou.

A opção de um contingente de guardas a responsabilidade direta da ONU parece descartada, principalmente por causa do tempo necessário para integrar essa força e adotar as resoluções para a missão.

Para Brahimi, "a opção preferível" é a de uma força afegã, com a condição — pouco provável — de que possa ser formada "de maneira rápida, sólida e confiável".

À espera da formação desta força afegã, difícil de conceber no contexto atual, o diplomata disse que é necessário considerar seriamente a formação de uma presença de segurança internacional para garantir a segurança nas principais cidades.

O secretário de Estado americano, Colin Powell, mostrou-se mais preciso, sugerindo em entrevista ao New York Times a formação de uma força composta de soldados de "países voluntários" muçulmanos, agregando que Turquia, Indonésia e Bangladesh propuseram sua participação nessa força.

O embaixador americano na ONU, John Negroponte, mostrou-se discreto a respeito esta terça-feira no conselho de Segurança, limitando-se a solicitar o "estabelecimento de uma presença internacional" no Afeganistão, sem mais detalhes.

O chefe da diplomacia britânica, Jack Straw, evocou a possibilidade de ver forças da atual coalizão militar no Afeganistão — essencialmente EUA e Grã-Bretanha — para garantir um mínimo de segurança.




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