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Impugnações trazem dores de cabeça
Raphael Rocha
06/10/2020 | 00:01
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Os registros de candidatura de postulantes às prefeituras e câmaras da região vieram juntamente com enxurrada de pedidos de impugnação. Seja de promotores eleitorais ou de adversários, os aspirantes a cargos públicos do Grande ABC lutam para superar esses empecilhos jurídicos e, mais do que isso, para amenizar possíveis repercussões negativas que podem vir juntamente com as solicitações para barrar as candidaturas. Há casos em que apenas falta de documentos foi apontada como falha da apresentação da candidatura, mas há outros episódios que podem gerar mais dor de cabeça. Porém, a forma como essa informação chega ao eleitor pode jogar todas as situações em um mesmo balaio.

BASTIDORES

Visita
Diretor superintendente do Diário, Marcos Bassi recebeu ontem o ex-secretário e ex-vereador de Santo André Tiago Nogueira (PT), que neste ano é candidato a vereador. A conversa girou em torno da necessidade de as universidades, que produzem muito conteúdo, terem interlocuções com os governos. Do diálogo, podem sair soluções para problemas essenciais. Para Tiago, o fato de Bassi, egresso do meio acadêmico, liderar o debate, via Diário, torna a ideia plausível.

Pedidos – 1
Em São Caetano, por exemplo, três prefeituráveis questionaram o registro de candidatura do prefeito José Auricchio Júnior (PSDB) à reeleição. Mario Bohm (Novo) apresentou sua solicitação de impugnação no dia 3, às 12h36. Fabio Palacio (PSD) registrou sua solicitação no mesmo dia, às 13h13. No dia 4, às 11h18, foi a vez de Thiago Tortorello (PRTB). Antes deles, o Ministério Público Eleitoral já tinha feito. Caberá ao juiz eleitoral analisar toda a papelada.

Pedido – 2
O prefeito de Ribeirão Pires e candidato à reeleição pelo PSDB, Adler Kiko Teixeira, protocolou impugnação do registro de candidatura do ex-prefeito Clóvis Volpi (PL). Na peça, os advogados de Kiko citam a rejeição das contas de 2012 – parecer negativo emitido pelo TCE (Tribunal de Contas do Estado), acatado inicialmente pela Câmara. Depois, houve mudança de avaliação no Legislativo, que aprovou a contabilidade de Volpi. A avaliação da defesa do tucano é a de que houve vício na reviravolta de análise das contas na casa e que, por isso, a primeira decisão, de reprovar o balancete, teria de ser acatada. Assim, Volpi estaria inelegível. O pedido passará por avaliação da Justiça Eleitoral.

Arroz e macarrão
O prefeito de São Bernardo e candidato à reeleição, Orlando Morando (PSDB), fez uma live no fim de domingo, na qual tratou sobre o novo coronavírus na cidade. A certa altura, foi à cozinha, onde estavam a deputada estadual Carla Morando (PSDB), sua mulher, e seus filhos. Todos começaram a cozinhar o jantar, que seria macarrão. “Tem que ter mais macarrão porque o arroz está muito caro”, disparou o tucano, em frase que gerou mal-estar até mesmo entre os apoiadores.

Campanha do PSTU
Candidato a prefeito de São Bernardo pelo PSTU, Cláudio Donizete lança sua campanha oficialmente na quinta-feira. Conforme o partido, uma das bandeiras da legenda será denunciar a falsa polarização e o rodízio entre PSDB e PT que se repete há décadas no poder – neste pleito, o tucano Orlando Morando busca a reeleição, enquanto o petista Luiz Marinho tenta retornar à Prefeitura. A atividade também servirá para críticas ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

Jingle chiclete
Gilberto Costa (Avante) tenta voltar à Câmara de São Caetano – depois de derrota na busca em ser prefeito. Mas ele não abandonou o conhecido jingle, adotado há diversas campanhas eleitorais. O ‘Gilberto é do bem’ já tem circulado pelas ruas de São Caetano. Um leitor desta coluna relatou que em 2004, quando Gilberto se candidatou ao Legislativo, sua filha tinha apenas 4 anos e ouvia a música em referência ao político. Ela tem 20 anos, segue morando na cidade e também escutando o ‘Gilberto é do bem’. 




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