Economia Titulo Greve
Vigilantes paralisam 26 agências bancárias
Erica Martin
Do Diário do Grande ABC
12/05/2012 | 07:00
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Claudinei Plaza/DGABC


Cerca de 6.000 funcionários da Capital Vigilância e Segurança, localizada no bairro Cambuci, em São Paulo - empresa que presta serviço de segurança para bancos, parques e indústrias - estão sem trabalhar desde quinta-feira. Como os bancos não podem funcionar sem a presença do profissional, 26 agências instaladas no Grande ABC, de dois bancos clientes da companhia, ficaram de portas fechadas ontem.

Apenas 12 unidades da Caixa Econômica Federal, que tem 35 agências na região, prestaram atendimento ao público. Para os clientes do BB (Banco do Brasil) o impacto foi menor, somente três, dos 52 estabelecimentos, não abriram. O motivo da greve é o atraso do pagamento dos salários e benefícios (PLR, vale-alimentação, vale-refeição e vale-transporte), que não são recebidos há pelo menos dois meses. "Os funcionários não têm dinheiro para ir trabalhar, mesmo se quisessem não poderiam", comentou o presidente do Sindicato dos Vigilantes de São Bernardo e região, Jorge Calabi.

De acordo com ele, a companhia informou que irá pagar os salários atrasados no dia 14 e que os benefícios, como vale-transporte e vale-alimentação, serão acertados até o dia 22. "Mas há quase um ano a empresa paga empréstimos em cima de empréstimos. Existe uma má administração, por isso sabemos que ela não tem dinheiro. Estamos um pouco descrentes", desabafou Calabi.

O presidente explicou que os funcionários só retornam ao trabalho após os acertos financeiros. A Caixa, segundo ele, teria oferecido o adiantamento do dinheiro para a empresa pagar os salários atrasados dos vigilantes que prestam serviço para o banco. Mas a Capital não aceitou a proposta, já que a instituição não é o único cliente dela, e que seria injusto não arcar com os valores devidos a outros trabalhadores. A empresa foi procurada pelo Diário, mas não atendeu às ligações.

BANCÁRIOS - A presidente do Sindicato dos Bancários do ABC, Maria Rita Serrano, que é solidária a paralisação, diz que a Caixa desrespeitou normas. "Algumas agências que não tinham vigilantes continuaram funcionando, o que não pode acontecer. A fragilidade da segurança de um banco é grande, principalmente agora, em que a greve dos vigilantes é pública e notória", explicou Rita.

De acordo com a Caixa, no entanto, em algumas agências afetadas pela manifestação os funcionários permaneceram no local de trabalho, mas não houve atendimento ao público.




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