O Tribunal Regional Federal do Rio de Janeiro decidiu manter, com a Polícia Federal, as máquinas caça-níqueis apreendidas na ‘Operação Ouro de Tolo’, no ultimo sábado. A 1ª Vara Criminal Federal tinha decidido nesta terça-feira que os equipamentos deveriam ser devolvidos aos seus proprietários.

Ainda nesta quarta-feira, o Ministério Publico Federal entrou com um recurso junto ao Tribunal Regional Federal solicitando a suspensão da decisão da 1ª Vara Criminal. O pedido do MPF foi aceito pelo desembargador Abel Gomes, que optou por manter as máquinas sob a responsabilidade da Polícia Federal.

No entanto, o desembargador solicitou também que a Polícia Federal entregue ao Tribunal Regional Federal, no prazo de dez dias, um relatório informando se todos os mandados de busca e apreensão da operação já foram cumpridos. No mesmo prazo, a PF deve enviar um laudo confirmando que as máquinas são mesmo objeto de contrabando.

No sábado, a Polícia Federal apreendeu diversos caça-níqueis em depósitos e casas de bingo do Estado do Rio de Janeiro, por suspeita de contrabando. Em outra operação, iniciada na sexta-feira, a PF também tentou cumprir 19 mandados de prisão contra suspeitos de envolvimento com a máfia dos caça-níqueis. Algumas prisões já foram realizadas, entre elas a do ex-comandante do Batalhão da Polícia Militar de Bangu, coronel Celso Nogueira.