Política Titulo Mauá
Neycar admite cortar auxílios de servidores em ‘home office’

Parte dos funcionários estaria descontente com retorno ao trabalho na Câmara a partir de hoje

Por Daniel Tossato
Do Diário do Grande ABC
23/06/2020 | 00:01
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Presidente da Câmara de Mauá, Vanderley Cavalcanti da Silva, o Neycar (SD), ameaçou retirar vale-transporte e vale-refeição dos servidores do Legislativo que ainda estão em regime de home office devido à pandemia do novo coronavírus.

Neycar alegou que, com os colaboradores em casa, não há necessidade de se manter o pagamento dos benefícios, o que poderia trazer economia para o Parlamento durante surto de Covid-19. “Fiz ofício liberando o retorno dos funcionários que estejam aptos a sair de casa durante a pandemia, mas recebi muita reclamação dos servidores. Já que é assim, já que eles querem (ficar em casa) e ainda estão receosos de sair, nada mais justo que retirar os benefícios deles, pois, teoricamente, não estão utilizando”, argumentou o presidente do Legislativo de Mauá.

Os servidores recebem R$ 550 de vale-refeição e o vale-transporte se refere a 6% do salário, como previsto em lei. Na semana passada, Neycar elaborou ofício no qual autorizou que os servidores da Câmara, inclusive vereadores, retomasse atuação na Casa. No documento, o presidente deixa claro que os colaboradores que pertencem ao grupo de risco deveriam continuar em casa, atuando em esquema de home office.

Ao todo foram 75 dias de trabalhos suspensos no período de pandemia do novo coronavírus. Os parlamentares participaram de sessão extraordinária no dia 9 de abril, última plenária presencial. A próxima sessão com a presença dos vereadores acontece hoje.

Para o retorno das atividades na casa, Neycar discorreu que se baseou em decisão tomada pelo Executivo de Mauá, para acompanhar a autorização do prefeito Atila Jacomussi (PSB), que também liberou retorno dos servidores da Prefeitura, seguindo as restrições sanitárias e deixando em casa aqueles que também estão em alguma faixa de risco. Além dos 23 vereadores que compõem o Legislativo da cidade, o Parlamento conta ainda com mais 200 funcionários.

“Sempre me questionam se estou tomando conta corretamente do dinheiro público. Acho que esse corte (nos benefícios) seria uma maneira de fazer isso. Sei que posso ser mal interpretado, mas justiça é justiça”, sustentou Neycar. 




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