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Chris provoca tempestades no Caribe
Heloísa Cestari
Enviada a Sint Maarten
04/08/2006 | 08:15
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A passagem da tormenta Chris pela região do Caribe foi marcada por tempestades tropicais que provocaram alagamentos em várias cidades e deixaram o mar revolto, o que forçou os navios de cruzeiros a mudar de curso e levou cerca de 66 turistas a evacuarem às pressas as ilhas de Culebra e Vieques, na costa Leste de Porto Rico. As rajadas de vento atingiram velocidade de cerca de 130 km/h nas Ilhas Virgens norte-americanas e britânicas. A maior preocupação, no entanto, é que o Chris ganhe força nos próximos dias e atinja o Sul da Flórida com maior intensidade.

De acordo com o Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos, as previsões meteorológicas, embora sujeitas a grande margem de erro, indicam que o Chris poderá atingir o Sul da península norte-americana neste domingo, na forma de um furacão de nível 1. Na manhã de sexta-feira, deverá alcançar as Bahamas, onde a população já foi avisada para tomar precauções – como vedar suas casas – caso os ventos cheguem fortes.

A operadora de cruzeiros Royal Caribbean alterou o itinerário de três navios – Navigator of the Seas, Explorer of the Seas e Freedom of the Seas – para mantê-los longe da tempestade. E em Anguilla, o Chris provocou temporais e ventos fortes à noite. Só não causou mais danos do que o esperado porque se desviou para o Norte no último minuto.

Em Sint Maarten – ilha localizada na região das Antillas Holandesas e considerada a Monte Carlo das Américas devido a sua vocação para o turismo náutico –, as autoridades ordenaram o fechamento das marinas e o cancelamento de todos os passeios de barco. “Trata-se de uma medida de precaução para evitar acidentes, pois o mar encontra-se muito agitado”, explica William Bell, representante do governo de Sint Maarten.

Na manha de quarta-feira, a capital do lado holandês da ilha, Philipsburg, ficou alagada e muitos estabelecimentos comerciais fecharam suas portas. Sint Maarten amanheceu com uma tempestade de relâmpagos, juntamente com a vizinha Antígua, mas não sofreu grandes estragos. Tampouco houve alarde entre os turistas brasileiros que chegaram à ilha neste fim de semana em um vôo da TAM fretado pela CVC. “Não me assustei porque todos estavam muito calmos. Vi na internet que era só uma tempestade e que o pior já passou. Minha maior preocupação é saber se vai ter sol para a gente passear”, afirma a psicóloga Natália Kury, 25 anos, de Ribeirão Preto (SP), que veio com a família para passar as férias.

Em 1995, o furacão Louis destruiu grande parte da ilha, que também foi vítima de furacões de graus 4 e 5 (os mais fortes da escala) nos três anos seguintes. No ano passado, mais de 40 tornados e furacões passaram pela região, mas todos com menor intensidade.

Para proteger moradores e turistas, o governo de Sint Maarten investiu, nos últimos anos, em infra-estrutura de segurança. “Temos centros de refúgio públicos e sistema de bombas para o caso de inundações”, explica o operador de receptivo Tedy Moroder, lembrando que quando o furacão atinge os níveis 4 ou 5 não há muito o que se possa fazer.




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