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Descarte correto de lixo eletrônico é desafio

Apenas Sto.André oferece posto público para recolha de itens; materiais trazem prejuízos à saúde

Por Victor Augusto
Especial para o Diário
12/06/2019 | 07:00
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Nario Barbosa/ DGABC


 O descarte adequado do lixo eletrônico é um desafio global. De acordo com recente levantamento da ONU (Organização das Nações Unidas), são produzidas 50 milhões de toneladas do chamado e-lixo por ano, sendo que 20% deste montante é reciclado. Na região, apenas Santo André oferece pontos públicos de coleta do material – são 21 no total. A falta de opções amplia a chance de que os itens tenham a mesma destinação dos resíduos sólidos comuns e, com isso, causem prejuízos à saúde e à natureza.

Conforme explica a bióloga e professora de gestão ambiental da USCS (Universidade Municipal de São Caetano) Marta Ângela Marcondes, os componentes dos resíduos eletrônicos causam graves problemas ao meio ambiente, com potencial de contaminação do solo e da água. Além disso, por conterem materiais tóxicos, como chumbo, mercúrio e arsênio, em sua composição, também causam problemas à saúde. “Esses materiais não são decompostos por nenhum micro-organismo conhecido, então ficam no mesmo lugar por vários anos.”

As prefeituras de São Bernardo e Mauá informaram que a coleta do material eletrônico é feita por supermercados da cidade, mas que têm planos de criar ponto de descarte público. Em Santo André, o endereço das 21 estações de coleta pode ser consultado no www.semasa.sp.gov.br/residuos/coleta-domiciliar-2/coleta-seletiva/estacoes-de-coleta.

AÇÃO

O Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André) montou tenda no Paço Municipal – funcionará até sexta-feira, das 9h às 17h, – para receber o lixo eletrônico e incentivar a destinação correta dos itens. Segundo o superintendente da autarquia, Almir Cicote, trata-se de ação de educação ambiental, por isso não foi estipulada meta de coleta. O funcionário público Bruno Henrique Martins, 33 anos, revela que não sabia como descartar o lixo eletrônico, mas apoia a iniciativa. “Aprendemos o jeito correto de agir.”

EDUCAÇÃO

A Escola Magistral, localizada na Rua Padre Nunes, no Jardim Bela Vista, em Santo André, é ponto de descarte de lixo eletrônico. Segundo a professora Mariana Afonso, a instituição de ensino tenta ser parceira oficial da Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) e, por isso, aderiu a programa que tem o objetivo de recolher e dar destino correto ao resíduo eletrônico.




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