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Multas irregulares são revistas em Mauá

Prefeitura promete analisar cancelamento de infrações aplicadas em corredor de ônibus

Daniel Macário
Do Diário do Grande ABC
26/01/2018 | 07:00
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Celso Luiz/DGABC


 A Prefeitura de Mauá promete analisar, nos próximos dias, multas aplicadas a motociclistas por invasão ao corredor de ônibus instalado na Avenida Barão de Mauá. Isso porque, após mudança do local de instalação de câmeras de monitoramento – substituídas por modelos que integram o sistema Detecta –, os equipamentos foram desconfigurados e, com isso, teriam passado a autuar em dias e horários inadequados – a proibição vale de segunda a sexta-feira entre 5h e 8h e das 17h às 20h.

O assunto gerou polêmica na cidade, tendo em vista a publicação de vídeo no Facebook no qual o prefeito, Atila Jacomussi (PSB), promete a grupo de condutores que cancelaria “todas as infrações emitidas no período de novembro de 2017 a 20 de janeiro”. Questionada pelo Diário, entretanto, a administração voltou atrás e destacou que “cada caso passará por avaliação individual da Jari (Junta Administrativa de Recursos de Infrações) do município”.

Conforme a Prefeitura, a decisão foi tomada após comissão de motociclistas reivindicar junto ao Departamento de Trânsito da cidade revisão da fiscalização eletrônica feita na faixa exclusiva de ônibus da Avenida Barão de Mauá.

“Antes, as câmeras só pegavam a frente da moto, onde não tem placa. Depois, eles mudaram o ângulo da câmera e todas as motos começaram a ser flagradas, inclusive aos fins de semana, quando não tem faixa exclusiva. Nada foi avisado com antecedência”, explica o motoboy, Robert dos Anjos, 28 anos, um dos prejudicados.

A substituição dos equipamentos para radares mais modernos, segundo a Prefeitura, foi adotada como forma de os itens integrarem o projeto Detecta, no qual as câmeras são utilizadas pela Polícia Militar para monitorar veículos suspeitos.

Responsável pelos equipamentos, a CLD (Construtora Laços Detetores e Eletrônicos) assumiu a falha e informou à administração que providencia o cancelamento das autuações. “Enviaremos comunicado aos munícipes que foram prejudicados”, destacou a empresa em ofício encaminhado à Prefeitura.

A medida, porém não deve contemplar todos os motoqueiros que ali cometeram infrações. Isso porque, a Prefeitura só irá analisar o caso daqueles que se sentirem prejudicados e que apresentarem recursos contra as multas à Jari “para avaliação pertinente seguindo as normas do Código de Trânsito Brasileiro”.

De acordo com o CTB (Código de Trânsito Brasileiro), o motorista que trafegar em espaços exclusivos para o transporte público nos horários proibidos poderá ter o carro apreendido, além de levar sete pontos na carteira e pagar multa no valor de R$ 293,47.

No ano passado, em Mauá, foram emitidas 15.656 infrações entre janeiro e julho – média de 86 por dia –, segundo balanço da própria administração municipal.




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