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Sindserv de Ribeirão tenta desvendar rombo de R$ 185 mil

Atual direção acusa antiga presidente de não pagar contas da entidade e sumir com dinheiro

Por Felipe Siqueira
Especial para o Diário
16/10/2017 | 07:00
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Divulgação


A atual direção do Sindserv (Sindicato dos Servidores) de Ribeirão Pires tenta descobrir a origem de um rombo de pelo menos R$ 185 mil nas contas da entidade. O deficit se refere à falta de pagamento de parceiros e prestadores de serviço para a instituição, além da ausência dos recursos destinados a quitar esses boletos.

O Diário teve acesso a diversos títulos bancários que não foram honrados pelo Sindserv nos últimos meses. Em setembro houve a troca do comando da entidade – saiu Simone Beatriz Miranda e entrou Dalva Aparecida da Silva Rodrigues. Para a atual presidente, Simone é a principal e, até agora, única suspeita do desfalque nas contas do sindicato.

“A Prefeitura repassava os valores e as farmácias e cabeleireiros (conveniados com o sindicato) suspenderam os atendimentos por falta de repasses. Se a Prefeitura repassou e esse dinheiro não chegou, esse dinheiro sumiu. Estou bem decepcionada com o ser humano”, disse Dalva.

Secretária de finanças da entidade, Nilce Cristina estava no cargo durante a gestão de Simone Beatriz. Segundo ela, a antiga presidente não comunicava as movimentações na conta da instituição. “No começo, ela (Simone) me levava para receber os cheques, depois, nunca mais peguei os repasses. Nós não tínhamos acesso a ela. Eu era secretária de finanças no nome, mas quem fazia isso (cuidava das contas) era ela (Simone)”, acusou.

Documentos obtidos pelo Diário mostram que a dívida do sindicato com os estabelecimentos conveniados chega a cerca de R$ 122 mil. O valor da dívida aumenta com o sumiço de R$ 63 mil provenientes do imposto sindical – segundo Dalva, a quantia foi retirada da conta do Sindserv. De acordo com Dalva, esse rombo ainda pode aumentar, uma vez que auditoria interna foi instalada para apurar toda a movimentação financeira na gestão de Simone Beatriz. Somente depois disso deve ser registrado um BO (Boletim de Ocorrência) com acusações de apropriação indébita e malversação de dinheiro público.

ATROPELAMENTO
Outra acusação que recai sobre a gestão de Simone Beatriz é a de um atropelamento, com vítima fatal, com carro de propriedade do sindicato. Dalva conta que Simone se apropriou do veículo e até deixava terceiros dirigir o automóvel, sem fiscalização.

Em setembro, um homem atropelou e matou uma pessoa no bairro Santa Luzia com o carro do sindicato. Dalva disse que o rapaz era namorado de Simone. O caso está sob investigação e foi registrado na Delegacia de Ribeirão Pires. Atualmente, segundo o Sindserv, o carro está apreendido no pátio municipal da polícia. <EM>Simone não retornou aos contatos da equipe do Diário para comentar os casos. 




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