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Leonel e Vanessa deixam PMDB e falam em pausa na vida pública

Ex-prefeito de Mauá e ex-deputada assinam saída; ela projeta a volta em 2020: ‘Pensarei com calma’

Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
04/08/2017 | 07:00
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Denis Maciel/DGABC


O ex-prefeito de Mauá Leonel Damo e a ex-deputada estadual pela cidade Vanessa Damo deixaram oficialmente o PMDB, com discurso de pausa na vida pública. A carta de desfiliação foi entregue ontem à direção do partido.

Vanessa admitiu que o fim do relacionamento matrimonial com o presidente do PMDB municipal, José Carlos Orosco Júnior, motivou a saída da legenda, à qual estava filiada desde 2009. Ela chegou a registrar queixa contra Orosco alegando ter sido agredida física e moralmente, o que ele nega.

“Decidi deixar o PMDB e meu pai me acompanhou. Minha mãe (Alaíde Damo, vice-prefeita) continua no partido e na vice-prefeitura. Ainda não tenho caminho partidário a seguir (especula-se que ela pode ir para o PSD). Quero analisar, pensar com calma. Saio do PMDB pelas questões pessoais mesmo. É um momento de repensar na minha vida de uma maneira geral. É um novo momento, um momento mais família”, declarou.

A carta de saída do partido foi entregue ao tesoureiro do diretório de Mauá, Gilberto João de Oliveira, hoje secretário de Obras no governo de Atila Jacomussi (PSB). Leonel e Vanessa estiveram na quarta-feira pela manhã na Prefeitura para falar com Gilberto sobre os trâmites burocráticos para a desfiliação.

Orosco minimizou a saída de Vanessa do partido. “É uma filiada que deixa o PMDB, mas outros virão no lugar dela. Ela não tem mandato, então não muda nada.”

CARREIRA
Vanessa ingressou na vida pública na eleição de 2004, sendo eleita vereadora de Mauá pelo PV. Dois anos depois, se elegeu deputada estadual, também pelo PV, e se reelegeu à Assembleia em 2010, já pelo PMDB. Em 2012, concorreu à Prefeitura de Mauá, e perdeu no segundo turno para Donisete Braga (PT). Foi nesta eleição que ela foi acusada de promover propaganda negativa e confeccionar material apócrifo contra Donisete, ação eleitoral que resultou em perda dos direitos políticos em 2015, quando ela estava em seu terceiro mandato como deputada estadual.

“Sempre tive vocação política, tentei ajudar a população, com bandeiras de defesa da população. Futuramente pretendo voltar (à carreira política), com humildade e em um outro momento. Para o ano que vem há a questão jurídica, que me coloca apta a disputar um cargo só a partir de 2020. É um momento de repensar os planos e os projetos pessoais. Desde meus 20 anos estou na vida pública. Estou refletindo sobre tudo que aconteceu comigo e vendo como posso sair mais forte e reverter isso para o bem das pessoas”, disse. 




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