Em audiência pública realizada ontem à noite no salão social do Independente Futebol Clube, o prefeito de Mauá, Oswaldo Dias (PT), anunciou que o Orçamento municipal para 2012 será de R$ 686,4 milhões. A quantia é 22,4% maior do que a peça em execução neste ano, de R$ 560 milhões.

O principal fator que impulsionou o número foram as transferências correntes de tributos estaduais e federais (ICMS, Fundeb, SUS, FPM, IPVA e ITBI). No ano que vem, essa fatia atingirá R$ 394,8 milhões, contra R$ 328,1 milhões do exercício atual (crescimento de 20,3%, ou R$ 66,6 milhões). Mas há um porém: o governo ainda não conseguiu destravar o repasse do Fundo de Participação dos Municípios (verba que somaria cerca de R$ 35 milhões) junto ao governo federal.

Como de praxe, à Saúde e à Educação couberam as maiores fatias do Orçamento. A primeira trabalhará com R$ 189,9 milhões e a segunda, com R$ 116,2 milhões. O pagamento de pessoal consumirá R$ 193, 4 milhões. A peça destina R$ 116,5 milhões para investimentos, número R$ 41,4% maior que o executado em 2011 (R$ 82,3 milhões).

Ao apresentar os números, Oswaldo criticou o ex-prefeito José Carlos Grecco (1993 a 1996), mesmo sem citá-lo. "Nos anos 1990, antes de assumirmos o primeiro mandato (em 1997), um prefeito apresentou um Orçamento de R$ 297 milhões, mas com capacidade de realização de R$ 135 milhões. Foi irresponsabilidade anunciar mais que o dobro. Não se pode enganar as pessoas."

Sobre obras inseridas na verba para investimentos, o petista citou a construção de três escolas de Educação Infantil, a criação de três avenidas marginais e pavimentação de ruas. Oswaldo ainda informou ter amortizado a dívida de R$ 217 milhões de restos a pagar herdada da administração Leonel Damo (2005 a 2008). "Restam R$ 54 milhões. Será muito difícil zerar até o fim do próximo ano."

O secretário de Finanças, Paulo Suares (PT), fará os últimos ajustes à peça para enviá-la à Câmara, o que tem de ocorrer até sexta-feira.