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Carreta tem meta de reduzir demanda por mamografia em Mauá em 30%

Cidade é única da região que não havia recebido projeto, lançado há três anos

Matheus Angioleto
Especial para o Diário
08/02/2017 | 07:00
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André Henriques/DGABC


Três anos após o lançamento do projeto itinerante Mulheres de Peito, do governo do Estado, que oferece mamografia gratuita à população sem a necessidade de agendamento, Mauá recebe a ação pela primeira vez. A carreta ficará estacionada na Praça 22 de Novembro, no Centro, até o dia 4 de março. A meta é que o serviço atenda pelo menos 1.200 mulheres no período, o que representaria redução de 30% na demanda reprimida de exames e procedimentos da cidade, atualmente na casa de 4.000 pessoas.

Até então, Mauá era a única cidade da região que ainda não havia recebido o projeto estadual. Em setembro de 2014, a Prefeitura, na época gerenciada por Donisete Braga (PT), recusou o serviço ao afirmar que não havia demanda. “A demanda existe, a população procura. Nós temos que aplicar política de prevenção”, afirmou o prefeito Atila Jacomussi (PSDB), que prometeu ainda outras campanhas de prevenção voltadas ao câncer de colo de útero, catarata e diabetes.

Conforme o chefe o Executivo, pelo menos 270 mulheres morreram na cidade, em 2016, à espera de procedimentos de prevenção do câncer de mama. “Cuidar bem da cidade é cuidar bem da saúde das pessoas”, disse Atila, que pretende trazer ainda o Corujão da Saúde – programa criado pelo prefeito da Capital João Doria (PSDB) para zerar a fila de exames durante a madrugada – para o município, assim como reabrir o pronto-socorro do Hospital Nardini e a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do Jardim Zaíra ainda neste ano.

Pacientes com idade entre 50 e 69 anos podem procurar o serviço. Não é preciso levar pedido médico para ter acesso ao procedimento. O serviço funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h, e, aos sábados, das 8h às 13h. A expectativa é realizar 50 exames por dia, sendo 20 aos sábados.

ALÍVIO

A professora Clarinda Cândido da Silva, 40 anos, tem dois casos de câncer de mama na família. A mãe se curou e a irmã passa por tratamento. Ela agendou mamografia no AME (Ambulatório Médico de Especialidades) da cidade há cerca de um ano. “Acho a iniciativa importante, porque já ia fazer um ano que eu estava esperando”, afirma.

Não fosse a rede pública de Saúde, a dona de casa Vera Lúcia Farias, 54, não teria alternativa. Apesar de não ter casos de câncer na família, cisto na mama, diagnosticado há seis anos, a obriga a repetir o exame anualmente. “Quando a doença está no começo, ela tem cura, mas a gente não tem acesso”, aponta ao lembrar que a espera por exames é demorada.




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