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Novo comandante defende mais rigor nas rodovias

Responsável pela Polícia Rodoviária aposta em fiscalização intensa para evitar acidentes nas vias que cortam a região

Por Yara Ferraz
Do Diário do Grande ABC
12/01/2017 | 07:00
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Nario Barbosa/DGABC


 Novo comandante do 1º BPRV (Batalhão de Polícia Rodoviária), o tenente-coronel Temístocles Telmo Ferreira Araújo pretende aumentar a fiscalização e implantar ações educativas para os usuários das rodovias que cortam a região. O principal objetivo é reduzir os acidentes na malha composta por 2.800 quilômetros de extensão e patrulhada por 900 policiais e 223 viaturas.

“Como diminuir a violência no trânsito? Com fiscalização rígida. Temos de ser implacáveis na fiscalização, desde o controle de velocidade até a utilização do cinto de segurança. Também precisamos mudar a postura do motorista, que precisa entender que mesmo que a rodovia tenha limite de 120 km/h, se tem neblina tem que diminuir a velocidade”, afirmou.

Atualmente, em toda a área comandada, que compreende o Grande ABC, Vale do Paraíba, Tietê e Litoral, a média de autuações corresponde a 1.500 veículos por dia. Somente no SAI (Sistema Anchieta-Imigrantes) são 400 diariamente.

O sistema responde pelo maior fluxo de veículos entre as rodovias que passam pela região (as outras são Rodoanel, Índio Tibiriçá e Estrada Velha), com média de 4.000 veículos por hora. Porém, até o fim do Carnaval, durante o período da Operação Verão, esse número chega a 6.000.

“Costumamos dizer que a economia de todo o País passa pelo SAI, é um volume muito grande de veículos. A Anchieta, sobretudo, tem gargalos no planalto e também nas proximidades do pedágio. Fora o trânsito, existe a questão da criminalidade, facilitada pela existência de algumas comunidades às margens da rodovia. Para tentar minimizar esses problemas, direcionamos o policiamento para os pontos prejudiciais”, explicou.

Além do patrulhamento e da fiscalização, o comandante afirmou que campanhas para educar os usuários serão intensificadas. E destacou parcerias com concessionárias como a Ecovias, que administra o SAI.

A ideia inicial é trabalhar com a distribuição de panfletos, o que deve ser feito em paradas e praças de pedágio, além da divulgação em outras plataformas, como a internet. “Estamos em fase de desenvolvimento para a melhor abordagem. Quando o usuário entra na rodovia, temos de fornecer as informações básicas. Como não parar em acostamento, planejar a viagem, usar as bases da concessionária e da polícia como postos de apoio, entre outros.”

A ideia é que a ação também seja estendida aos próprios agentes. “Não adianta trabalhar com usuário e não fazer isso internamente. O policial precisa abordar esse cidadão com cordialidade e ter condições de explicar o por que da abordagem e as consequências”, contou.

Telmo atua na PM (Polícia Militar) desde 1991 e tem dez anos de experiência na Polícia Rodoviária, com passagens pelo próprio batalhão e pela central da corporação. Ele também passou pelo CPA/M6 (Comando de Policiamento de Área Metropolitana 6), responsável pelo patrulhamento do Grande ABC.




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