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Santos empata no México e se classifica na Libertadores
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04/05/2011 | 00:50
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O Santos sofreu muito, mas muito mesmo. Só que isso agora pouco importa. O que interessa aos santistas é que o empate por 0 a 0 com o América, no México, nesta terça-feira, serviu para colocar o time nas quartas de final da Copa Libertadores, para provavelmente enfrentar o Cruzeiro - joga nesta quarta contra o Once Caldas, da Colômbia, em Minas Gerais.

Os jogadores do América reclamaram muito por verem tirado deles o direito de jogar no tradicionalíssimo estádio Azteca, na Cidade do México (por causa de um show da banda irlandesa U2 que será realizado lá). Mas, para os donos da casa, atuar no La Corregidora, em Querétaro (cidade a cerca de 220 quilômetros da capital do país), tinha lá suas vantagens. Em um estádio menor, o barulho da torcida sempre ganha mais força. E como fazem barulho os torcedores do América...

Empurrados pelos gritos que saíam das arquibancadas, os jogadores do time da casa logo se puseram a pressionar os visitantes. E a estratégia mexicana era clara: bola alta na área do Santos. O técnico Carlos Reinoso por certo estudou o adversário e descobriu que ele é vulnerável nas jogadas aéreas, defeito que Muricy Ramalho não conseguiu consertar. E assim o América foi se aproximando do gol de abertura do placar, aquele que empataria o que se convenciona chamar de placar agregado.

Logo no comecinho da partida, um cruzamento do meia Montenegro pegou o goleiro Rafael em momento de inconveniente distração e o zagueiro Valenzuela ficou a centímetros de cabecear a bola. Se o fizesse, seria gol. O tempo foi passando e o América continuava jogando a bola para cima. Quase deu certo aos 22 minutos, quando Mosquera cabeceou na trave, e aos 30, momento em que Montenegro passou de lançador a lançado e, dentro da área, escorou um cruzamento e deixou Sánchez com o gol aberto à sua frente. Para o alívio da aflita torcida santista, o atacante não conseguiu alcançar a bola.

E o que fazia o Santos para incomodar o goleiro Ochoa? Nada. O time de Muricy Ramalho queria cadenciar o jogo, irritar o América e apagar o fogo da torcida mexicana. Funcionou no primeiro minuto da partida, nem tanto nos outros 44 da etapa inicial. Muito toque de lado e pouca eficiência. À beira do gramado, Muricy chegou a dizer que era preciso apenas Paulo Henrique Ganso acertar um grande passe para o gol surgir. Mas o tal passe não apareceu no primeiro tempo. E Neymar, pouco acionado, não conseguiu fazer valer sua magia. Nem chegou perto disso, aliás.

Os santistas esperavam que depois do intervalo a situação ficasse mais tranquila. Pois foi exatamente o contrário. O gol que o Santos tanto queria por pouco não saiu aos quatro minutos da etapa final. Uma falta na entrada da área era a chance perfeita para um craque como Paulo Henrique Ganso, mas a trave direita do goleiro Ochoa negou-lhe o gol.

Muricy Ramalho perdeu Arouca, vítima de mais uma lesão muscular (que provavelmente vai lhe tirar do duelo contra o Corinthians, no domingo), e colocou Rodrigo Possebon. Depois, repetiu a substituição que deu certo no último sábado contra o São Paulo: Bruno Aguiar no lugar de Zé Eduardo. E o time, com seus três zagueiros e três volantes, ficou entrincheirado na defesa, sem poder respirar. E tome chute de longe, e tome cruzamento, e tome defesa de Rafael. O goleiro começou a fazer uma atrás da outra, por quatro vezes. E foi assim, de susto em susto, com o coração na mão, que o Santos foi às quartas de final.

Ficha técnica

América-MEX 0 x 0 Santos

América-MEX - Ochoa; Rojas, Valenzuela, Mosquera e Reyes; Rosinei, Treviño, Pardo (Reyna) e Montenegro (Gallardo); Vuoso e Sánchez (Esqueda). Técnico: Carlos Reinoso.

Santos - Rafael; Jonathan, Edu Dracena (Alex Sandro), Durval e Léo; Adriano, Arouca (Rodrigo Possebon), Danilo e Paulo Henrique Ganso; Neymar e Zé Eduardo (Bruno Aguiar). Técnico: Muricy Ramalho.

Cartões amarelos - Reyna, Reyes, Sánchez e Valenzuela (América-MEX); Léo (Santos).

Árbitro - Carlos Vera (Fifa-Equador).

Renda e público - Não disponíveis.

Local - Estádio La Corregidora, em Querétaro (México).




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