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Infestação de insetos no Santa Paula
Fabiana Chiachiri
Do Diário do Grande ABC
28/01/2006 | 08:58
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Ratos, baratas e pernilongos tomaram conta do bairro Santa Paula, em São Caetano nos últimos meses. Na avenida Lemos Monteiro, por exemplo, os moradores não conseguem mais ficar dentro de casa se não for com ventiladores ligados – recurso para espantar a praga de insetos. Desde outubro, uma obra é executada na altura do número 385 da avenida e, segundo os moradores, seria a origem dos pernilongos.

“Não consigo mais ficar em casa se não for com ventilador ligado. Tenho alergia a insetos e minhas pernas estão cheias de marcas. Minha filha veio do Rio de Janeiro para passar férias em minha casa e teve de voltar”, conta a autônoma Áurea Marins Mumme, 50 anos, que mora no número 373 da Lemos Monteiro, bem ao lado do canteiro de obras.

De acordo com o engenheiro Roberto Mumme, 56 anos, o problema piorou no fim de dezembro, quando os trabalhadores ficaram dez dias afastados da construção. “Acho que as madeiras utilizadas atraem insetos. Além disso, a água ficou parada vários dias. Já reclamei na Vigilância Sanitária, mas o pessoal disse que nesta época do ano é normal o aumento de pernilongos e que não é permitido o uso de venenos para combater os insetos”, relata. Por conta dos ventiladores permanentemente ligados, os gastos da família Mumme aumentaram. “E também gasto um frasco de inseticida por semana. Paguei quase R$ 300 em conta de luz”, diz o engenheiro.

Outra moradora que está enfrentando problemas com os mosquitos é a dona-de-casa Cezira Gomes, 80 anos. “Também tenho alergia a insetos. No último mês, gastei três tubos de inseticida. Ninguém consegue dormir direito”, diz a moradora, que reside bem em frente às obras.

Ratos e baratas – A poucos metros da avenida Lemos Monteiro, na rua dos Autonomistas, o problema que os moradores enfrentam é a invasão de ratos e baratas nas casas. “Faz dois meses que os ratos passeiam na nossa rua. Já matei três dentro da minha casa. Eles são tão grandes que, às vezes, até os meus gatos ficam com medo”, garante a dona-de-casa Ana Barros Barbosa, 65 anos. De acordo com os moradores, o problema seria uma tampa de esgoto que estava quebrada no final da rua. “O pessoal arrumou, mas a-cho que não colocaram veneno. À noite, é um festival de baratas por todos os lados” afirma o aposentado Abel Vieira Barbosa, 79.

“A cachorra da minha vizinha morreu, há dois meses, porque pegou leptospirose. O veterinário disse que, provavelmente, ela teve contato com urina de rato”, completa Ana Barbosa.

De acordo com a Prefeitura, uma equipe da Vigilância Sanitária realizou a desratização na rua dos Autonomistas em dezembro. Após a aplicação do veneno, é realizado o “repasse”, para que a equipe de agentes verifique se os ratos comeram as pedras com veneno. Essa nova ação, no entanto, ainda não foi agendado.

Com relação à avenida Lemos Monteiro, a Prefeitura informa que uma equipe da Vigilância Sanitária fez a borrifação de veneno, mas como a iniciativa é efetiva apenas para o mosquito adulto e a população volta a crescer rapidamente, é preciso uma ação preventiva contra os focos do inseto. Como o foco suspeito estaria em terreno particular, o proprietário está sendo notificado e tem prazo de 30 dias para limpar a área.




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