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Zé Augusto, não fuja da responsabilidade
Por Beto Silva
10/06/2016 | 07:00
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O vereador de Diadema José Augusto da Silva Ramos (PSDB) não acreditou no que o prefeito Lauro Michels (PV) falou ao Diário em reportagem publicada ontem. O verde criticou os pretensos adversários na eleição Maninho (PT) e Vaguinho (PRB), além de ter afirmado que só perde a reeleição para ele mesmo e que o pleito pode acabar no primeiro turno. “O prefeito não falaria isso. Às vezes a imprensa não entende o que é dito”, frisou Zé Augusto, na tribuna, na sessão de ontem. Então, nobre vereador, vamos aos fatos. A entrevista está gravada. Não adianta colocar a culpa nos meios de comunicação por declarações dadas por aliados. A frase de Lauro é clara, não há que se fazer interpretações. Repetimos aqui: “Meu adversário sou eu mesmo. Vou trabalhar para terminar no primeiro turno. O Maninho é o mais fraco dos candidatos que o PT já teve e o mais histérico. Só sabe gritar. E o Vaguinho bebeu da água que eu não bebi e não beberei. Nunca me misturei com o PT. O projeto do Vaguinho não é dele. É projeto com o PT para ver se tira voto da minha candidatura à Prefeitura”. É mais digno resolver seus problemas com Lauro sem jogar a responsabilidade em terceiros. Aliás, é de sua função, como um dos principais aliados, alertá-lo para melhorar o discurso se não está do seu agrado. É mais justo contigo e com ele. “Você não consegue escapar da responsabilidade de amanhã esquivando-se dela hoje”, diria Abraham Lincoln. “Não vamos tentar consertar a culpa do passado, vamos aceitar nossa responsabilidade pelo futuro”, frisaria John Kennedy. “O homem superior atribui a culpa a si próprio; o homem comum, aos outros”, emendaria Confúcio. Entendeu, vereador?

Bastidores

Lambança?
A vice-prefeita de Diadema, Silvana Guarnieri, estava no PTB, mas havia acordo com o governo para ingressar no PSDB para ser candidata a vereadora. José Augusto, presidente do diretório municipal tucano, não registrou a ficha dela na Justiça Eleitoral. Agora, os petebistas estão na oposição e a base aliada arrumou um jeito de Silvana se filiar no PSB. Mas perdeu todos os prazos eleitorais e não pode mais ser candidata a prefeita, vice ou vereadora. Não se sabe se foi lambança ou de propósito para prejudicá-la.

Rito acelerado?
Presidente da Câmara de Mauá, Marcelo Oliveira (PT) adiou a reunião que estava marcada para ontem com integrantes da mesa diretora para decidir o rito do processo de cassação de Manoel Lopes (DEM) por quebra de decoro. O democrata é acusado de assédio. O petista está em dúvida se há respaldo no regimento interno para acelerar a análise do caso e enviá-lo para votação em plenário o mais rápido possível. A ordem do dia da sessão da semana que vem, que normalmente estaria pronta quarta-feira, sequer foi elaborada, pois não se sabe o que o comando da Casa vai definir.

Vice de Grana
Líderes de partidos do arco de aliança do projeto de reeleição do prefeito Carlos Grana (PT), de Santo André, cogitavam lançar o vereador Montorinho (PT) de vice na chapa. O parlamentar gostou bastante da ideia. É o que mais tem ido às plenárias de prestação de contas do chefe do Executivo. Chega primeiro para sentar do lado do prefeito e é o último a ir embora. A possibilidade de ser o número dois da chapa é cada vez mais real. O lado negativo é que não agregaria votos, pois seus apoiadores são os mesmos de Grana. O ideal para o governo seria atrair um nome de peso que está na oposição, como Roberto Rautenberg (PRB) ou Ailton Lima (SD), o que está difícil de acontecer.

Insistência
O presidente da Câmara de Ribeirão Pires, José Nelson de Barros (PMDB), voltou a convocar sessão extraordinária com objetivo de votar o projeto de lei para conceder a área onde está a antiga Fábrica de Sal para construção de shopping. Correligionário de Zé Nelson, o prefeito Saulo Benevides (PMDB) insiste na aprovação do texto, mesmo com orientação jurídica de que isso poderá trazer problemas à sua campanha à reeleição. 




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