Setecidades Titulo Habitação
Três anos após entrega, prédio em
Sto.André é depósito de problemas

Problemas como rachaduras e infiltrações vêm tirando o
sono dos moradores do Condomínio Jardim das Maravilhas

Por Natália Fernandjes
Do Diário do Grande ABC
11/02/2012 | 07:00
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Três anos após ter sido entregue aos moradores, o Condomínio Residencial Jardim das Maravilhas, em Santo André, coleciona problemas. Paredes e teto estão embolorados, com umidade e infiltração. Há rachaduras dentro e fora dos apartamentos, ferrugem nas janelas e minas de água que jorram pelo quintal. Tudo isso vem tirando o sono dos 120 condôminos.

Bastaram seis meses de ocupação, em abril de 2009, para que os transtornos no condomínio começassem. A residência da dona de casa Cibele da Silva Luiz, 20 anos, é uma das mais afetadas. Uma mina de água, localizada no corredor lateral externo do bloco A, causou infiltração e bolor nos dois quartos. "Meus filhos (um menino de 1 ano e 3 meses e uma menina com 3 anos) têm rinite e cada dia mais a doença se agrava", destaca.

Os moradores se sentem de mãos atadas e têm medo de que a situação piore com o fim dos cinco anos de garantia, período em que os moradores não podem vender o imóvel. Depois deste prazo, eles deverão arcar com as responsabilidades do condomínio.

As reclamações já foram encaminhadas à EMHAP (Empresa Municipal de Habitação Popular de Santo André), responsável pela comercialização e apoio às associações e cooperativas habitacionais para viabilização de seus empreendimentos, e à Defesa Civil do município, sem sucesso. "Desde 11 de fevereiro de 2011 aguardo resposta para pedido de reunião que fiz com a Prefeitura e nada", afirma o ex-síndico, o vigilante José Alberto Alves Lima, 53.

A Prefeitura andreense limitou-se a informar que a Defesa Civil constatou - em vistoria realizada há mais de um ano - não haver risco no local, porém há a necessidade de medidas de contenção. O síndico, Mário Luiz da Silva, 37, foi orientado a procurar, mais uma vez, a EMHAP, que se prontificou, segundo a nota, a enviar técnicos ao local na próxima semana.

Um funcionário da EMHAP confirmou que a construtora responsável por erguer os prédios é a Scopus. A equipe do Diário entrou em contato com a empresa, mas não obteve retorno.

Apartamento custou R$ 33 mil 

A esperança de deixar o núcleo habitacional onde moravam em busca de sossego e conforto caiu por terra. A rotina das famílias do Condomínio Jardim das Maravilhas é reivindicar por melhorias em algo que ainda não quitaram.

As famílias pagaram cerca de R$ 33 mil pelo imóvel, com possibilidade de financiar a moradia em até 300 meses. O valor das parcelas varia de acordo com a faixa salarial do comprador.

A prestação mensal da vendedora Janaina Conrado da Rocha, 30, é de R$ 70. A moradora do bloco C teme problemas mais graves. "A gente fica assustada e sem saber o que fazer. Será que não pode cair?", questiona.
Segundo o síndico do conjunto residencial, Mário Luiz da Silva, a expectativa é de que a drenagem do solo ajude a resolver o problema. "Observamos minar água em diversos pontos, mas a preocupação maior é com essas rachaduras entre o chão e as paredes externas do bloco A", avalia.




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