Política Titulo Inquérito
Polícia e MP investigam
caso de extorsão em Diadema

Manoel Antônio Ferreira Santos, conhecido como Tonny
Telles, é acusado por ambulantes de cobrança de propina

Raphael Rocha
do Diário do Grande ABC
04/02/2012 | 07:00
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O delegado titular do 4º DP de Diadema, Miguel Ferreira da Silva, instaurou inquérito para apurar a denúncia feita por ambulantes do bairro Serraria de extorsão praticada por Manoel Antônio Ferreira Santos, conhecido como Tonny Telles, que se passava como aliado do secretário de Segurança Alimentar, Manoel José da Silva, o Adelson (PSB). O Ministério Público também foi acionado para acompanhar o caso.

As oitivas acontecerão na próxima semana. Os primeiros depoimentos devem ser de Adelson e Frank Miller, diretor de departamento da Secretaria de Segurança Alimentar e acusado pelo empresário Filipe dos Anjos de, juntamente com Tonny, passar cheques sem fundo e com assinatura falsificada.

Segundo denúncia de ambulantes do Serraria, divulgada na quinta-feira pelo Diário, Tonny cobrava R$ 100 mensais dos comerciantes da Avenida Lico Maia para avisar quando a fiscalização da Prefeitura iria aparecer no local, embora não fosse funcionário da administração. Depois da transferência dos camelôs para o Shop Serraria, de propriedade de Filipe dos Anjos, Tonny ficou responsável pela arrecadação dos aluguéis dos boxes, mas não repassou a quantia ao empresário.

Ontem de manhã, o chefe de Gabinete do Paço, Osvaldo Misso (PT), e Adelson se reuniram para discutir os rumos da investigação interna instaurada pelo prefeito Mário Reali (PT). A equipe do Diário apurou que Misso teria sugerido ao socialista que exonerasse Frank Miller para que a sindicância pudesse averiguar os fatos com imparcialidade. Adelson disse que pediria demissão se Frank deixasse o governo. Na quinta-feira, o presidente do PSB afirmou que colocaria "as duas mãos e o corpo no fogo" pelo aliado. Misso e Adelson não retornaram aos contatos do Diário.

Filipe dos Anjos entrou ontem com representação na Promotoria de Cidadania de Diadema para que o MP também investigue o caso. Ele estima prejuízo de quase R$ 20 mil pelos cheques sem fundo repassados por Tonny Telles - os documentos foram assinados por Maria José Amaral dos Santos e José Wilton Almeida Santos. CONVOCAÇÃO

Adelson deve marcar para a próxima semana a data para prestar esclarecimentos aos vereadores. O presidente da Câmara, Laércio Soares (PCdoB), disse que iria convocar o socialista a prestar sua versão do caso. Na sessão de quinta-feira, alguns parlamentares sugeriram a abertura de CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito).




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