O vendedor Luiz Fernando Cerqueira, 29 anos, acusado de atropelar e matar a aposentada Rosa Maria Leite, 56, após festa de casamento em Santo André, segue preso e responderá por homicídio doloso, quando há intenção de matar.
Somada a acusação por lesão corporal, o vendedor, se condenado pela Justiça, deverá passar cerca de 18 anos na cadeia, segundo o promotor que cuida do caso, Antonio Nobre Folgado. "Como trata-se de réu primário, deverá pegar de 14 a 16 anos pelo crime de homicídio e mais um ou dois anos por lesão corporal", sustentou.
O crime aconteceu na madrugada de 17 de abril. A aposentada saía do casamento da sobrinha, realizado no Buffet Parmenion, que fica na Avenida Dom Pedro II, em Santo André, acompanhada do filho, Leonardo Valentino Alves, 28, e o marido, Nilson Valentino Alves, 56.
Leonardo sentiu falta de R$ 8 que estava no veículo e foi reclamar com o estacionamento do bufê. Luiz Fernando, que era noivo de outra festa realizada ao lado, estava deixando o local e interveio na reclamação.
O vendedor, acompanhado de outros amigos, passou a agredir o rapaz, segundo testemunhas contaram à polícia. Os pais de Leonardo saíram do carro e foram ajudar o filho, mas também foram espancados. Luiz Fernando, então, entrou no veículo de Leonardo, deu ré e atropelou Rosa. Depois, desceu do carro e chutou a aposentada.
Para o promotor, o modo como o acusado agiu reforça a tese de que o noivo queria fazer mal à aposentada. Tanto Luiz Fernando quanto o cunhado, Anderson do Prado, tentaram mudar o depoimento e transferir a responsabilidade do atropelamento para Prado.
Por este motivo, o promotor também acusou o cunhado de praticar falso testemunho e lesão corporal, já que era um dos rapazes que espancaram a família. Os outros homens não foram identificados.
A dona de casa Daniela Florentino Alves, 32, filha de Rosa, afirmou que ainda teme a impunidade. "Sabemos como é a Justiça no nosso País. Por isso, temos muito medo que este assassino fique solto daqui a algum tempo, quando este caso for esquecido."
Antonio Nobre Folgado explicou que, dentro de dois meses, as testemunhas e os réus serão ouvidos em audiência. Porém, ainda não há prazo para finalização do julgamento.
A família de Luiz Fernando Cerqueira foi procurada, mas não atendeu os telefonemas da equipe do Diário.
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