Gostei muito da audiência com Marco Polo Del Nero na CPI do Senado. Lembrei-me dos meus tempos de criança em Ribeirão Preto. Vez por outra aparecia um circo na cidade e era aquela festa. Eu não perdia...

Assim foi o depoimento do presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol); um circo, uma palhaçada. O mais ingênuo dos espectadores desconfiou de todas as respostas dele. Romário foi demasiadamente impaciente e se tivesse um pouco mais de habilidade teria desmoralizado Del Nero.

Destaque para o senador Randolfe Rodrigues, muito bem preparado e que conseguiu colocar o depoente em várias sinucas de bico. A se lamentar a bancada da bola que fez de tudo para blindar o depoente.

Os técnicos da CPI precisam agora confrontar as declarações com os documentos e provas já analisados. Como, por exemplo, um boletim da Anac, que cuida da aviação civil brasileira, comprovando que Del Nero, José Maria Marin e Ricardo Teixeira foram para o paraíso fiscal de Barbados em 2014. Del Nero negou.

Para que a CPI não seja desmoralizada, como outras comissões de inquérito que aconteceram no Parlamento brasileiro – a da Petrobras, por exemplo, é necessário que a verdade seja trazida ao público. Doa a quem doer.

Começou bem...

O coronel Antonio Carlos Nunes, novo vice-presidente da CBF, começou bem a sua gestão, depois de polêmica eleição que aconteceu na quarta-feira. Ao ser questionado sobre os escândalos do futebol brasileiro, ele disse que não sabe de nada, que não tomou conhecimento de nada e que para ele está tudo bem.

É um escárnio, não acham?!