A ilha de Cuba está preparando uma nova fase de abertura a investimentos estrangeiros, mas "sem cometer os erros do passado", anunciou neste sábado a ministra dos Investimentos Estrangeiros, Marta Lomas.

Em 26 de julho, Raúl Castro - que dirige o país desde julho de 2006 e os problemas de saúde de seu irmão Fidel - havia anunciado que "mudanças estruturais" na economia cubana, entre elas investimentos estrangeiros, estavam sendo "estudadas".

Ele explicou então que o país estava pensando em recorrer novamente a investimentos estrangeiros, avisando que a idéia era "não repetir os erros do passado". Estamos hoje num momento que nos permite aumentar o fluxo de investimento", disse a ministra, elogiando os bons resultados obtidos pelas empresas do país em 2006 e destacando que "o primeiro semestre deste ano foi ótimo".

"Estamos estudando o que poderíamos fazer com investimentos estrangeiros. A idéia é insistir na área do desenvolvimento", declarou.  ministério dos Investimentos Estrangeiros está avaliando as necessidades do país em coordenação com os demais órgãos do Estado, e deve apresentar propostas às empresas no início de 2008.

Por ora, associações são procuradas no setor do turismo para investimentos extra-hoteleiros, acrescentou a ministra. Queremos desenvolver também parte da infra-estrutura hoteleira com investimentos estrangeiros, para campos de golfe, parques temáticos", destacou.

Raúl Castro havia afirmado que Cuba pretendia escolher "empresários sérios" no exterior para uma colaboração "com bases jurídicas bem definidas que preservem o papel do Estado e o predomínio da propriedade socialista". "Não se deve esperar mudanças espetaculares", havia avisado o irmão caçula de Fidel Castro.