As obras de readequação do PS (Pronto-Socorro) e da maternidade do Hospital de Clínicas Doutor Radamés Nardini, em Mauá, estão previstas para serem entregues até junho de 2016. A estimativa de conclusão dos trabalhos, iniciados em meados deste ano, foi revelada ontem pelo prefeito Donisete Braga (PT) durante vistoria no local. As intervenções, que visam otimizar os espaços do equipamento de Saúde e dar mais qualidade ao atendimento, tem custo total de R$ 12 milhões.

“Temos um prédio muito antigo e estamos fazendo uma intervenção significativa. São 4.200 m² de obras, uma das maiores que estamos fazendo na cidade”, destaca o chefe do Executivo. Segundo Donisete, o Nardini cumpre papel de hospital regional, embora seja de âmbito municipal. São cerca de 5.000 atendimentos no PS por mês e, em média, 135 partos mensais. “Queremos até pedir desculpas aos usuários porque estamos tendo de fazer essa reforma com o hospital em funcionamento.”

As intervenções no PS estão sob responsabilidade da Engecon ABC Construções e Empreendimento Ltda, com custo estimado de R$ 6,7 milhões, oriundos do governo do Estado. As obras estão em ritmo inicial, com apenas 7% de conclusão. No local, são atendidas psiquiatria, ortopedia, cirurgia geral e ginecologia/obstetrícia (porta aberta), além de pediatria e clínica médica – casos graves (demanda referenciada da rede). A partir da readequação, o hospital passará a contar com Unidade de Internação de Retaguarda Clínica de Urgência, com 20 leitos. No total, o equipamento passará a ofertar 215 leitos, sendo dez de UTI (Unidade de Terapia Intensiva).

Já as obras na maternidade estão sendo realizadas pela B&B Engenharia e Construções Ltda e estão 30% concluídas. A estrutura terá 19 leitos de pré-parto, parto, puerpério, sendo dez deles como centro de parto normal, dez leitos de UTI Neonatal, 15 leitos de cuidados intermediários e cinco na unidade Mamãe Canguru. A reforma também prevê novo centro obstétrico. O investimento total será de R$ 5,3 milhões do governo federal e contrapartida municipal de cerca de R$ 326 mil.

Conforme Donisete, a intenção é possibilitar que o Nardini se torne hospital de ensino após o fim das intervenções. “Já temos aqui médicos residentes, tanto é que a nossa rede está estruturada e, por isso, foi escolhida para ter a faculdade de Medicina.” O prefeito se refere ao fato de a cidade ter sido selecionada pelo governo federal, ao lado de São Bernardo, para ofertar 50 vagas para a formação de profissionais por meio do Programa Mais Médicos. A quantidade foi determinada pelo número de leitos do SUS (Sistema Único de Saúde) no município.