Economia Titulo Na região
Greve dos Correios já retém 1,53 mi de itens
Marina Teodoro
Especial para o Diário
18/09/2015 | 07:09
Compartilhar notícia


Há três dias os funcionários dos Correios cruzaram os braços, em prol de melhorias na remuneração salarial e outros benefícios. A greve, que é parcial, já afeta o Grande ABC em 90% dos cerca de 1.500 funcionários, sendo a maioria carteiros e operadores de triagem e transbordo – que separam correspondências e mercadorias. Dessa maneira, hoje já são contabilizados cerca de 1,53 milhão de itens que não foram entregues aos seus destinatários na região.

“O grande problema são as entregas. Mesmo que as agências fiquem abertas, as encomendas, sejam elas produtos ou cartas, não serão entregues. No Grande ABC, os objetos estão sendo retirados das agências, e levados à unidade operacional, que fica em Santo André, na Avenida dos Estados. Mas de lá, nada sai”, afirma o diretor do Sintect-SP (Sindicato dos Trabalhadores da Empresa Brasileira de Correios, Telégrafos e Similares de São Paulo, Grande São Paulo e Zona Postal de Sorocaba) no Grande ABC, José Luiz de Oliveira.

Os reflexos da greve também podem ser sentidos nas centrais de encomendas, que são responsáveis por distribuir pacotes via Sedex, Sedex 10 e Sedex Hoje. Dentro do número total de objetos citados anteriormente, pode-se incluir que cerca de 21 mil estão parados na Travessa Santo Amaro, em Santo André, e 13,5 mil na Avenida Wallace Simonsen, em São Bernardo.

SEM ACORDO - Os Correios alegam que uma última proposta foi lançada ontem, que apresentava reajuste de 6% nos salários de todos os funcionários, sendo 3% retroativos a agosto e 3% a partir de janeiro de 2016, além de outros itens.

Contudo, Oliveira garante que a greve segue, pelo menos até segunda-feira, quando haverá assembleia para votação da nova proposta apresentada pelo TST (Tribunal Superior do Trabalho), que está mediando a negociação. Para o sindicalista, a proposta não deve ser aceita, e na semana que vem deverá haver alguma movimentação por parte dos trabalhadores em São Paulo.

Os funcionários dos Correios pedem reposição integral de cerca de 20%, sendo 10,04% referentes à inflação medida pelo ICV (Índice do Custo de Vida), do Dieese, em agosto, mais 10% em aumento real de salário. Dos 36 sindicatos dos Correios no Brasil, 17 adotaram a paralisação.

Nas sete cidades, as agências dos Correios permanecem funcionando e oferecendo os serviços, porém, de acordo com o advogado do Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor), Christian Printes, para quem precisa enviar encomendas ou correspondência com urgência durante o período de paralisação dos Correios, a recomendação é procurar por serviços de entrega alternativos ou privados.  




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;