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Diadema compra água mais barata
Isis Mastromano Correia
Do Diário do Grande ABC
30/09/2008 | 07:08
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Enquanto as companhias de saneamento da região questionam o preço da água vendida no atacado pela Sabesp, a Saned (Companhia de Saneamento de Diadema) teve o direito de pagar menos. Um acordo judicial entre autarquia e estatal fez com que Diadema passasse a desembolsar R$ 0,70 pela compra de cada metro cúbico frente aos R$ 1,14 cobrados oficialmente pela Sabesp às demais cidades.

O ajuste foi firmado em 2006, nove anos após a Sabesp ingressar na Justiça com processo contrário à cidade cobrando R$ 301 milhões que o município deve à estatal por água tratada (valor corrigido até agosto).

Hoje, a Sabesp cobra judicialmente R$ 1,5 bilhão em dívidas das cidades não-operadas pela estatal. Segundo a estatal, as autarquias têm pagado de forma esporádica pelo fornecimento. Contudo, a Saned alega depositar todo mês R$ 2,65 milhões à estatal e o Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental), R$ 1,9 milhão pela água fornecida mensalmente à Santo André.

"Se os preços praticados pela Sabesp fossem desde sempre transparentes e houvesse contratos de compra claros, não existiriam questionamentos que levassem o município à Justiça em busca de condições justas de pagamento", afirma o superintendente do Semasa, Milton Luis Joseph.

Para a presidente da Comissão do Meio Ambiente da OAB (Ordem os Advogados do Brasil) de São Bernardo, Graziela Marotti, a entrada na Justiça complica ainda mais a questão. "No momento em que a questão é submetida ao Poder Judiciário é de se imaginar que demorem anos, porque entes públicos têm prazos em quádruplo para se defender e em dobro para recorrer à segunda instância."

O Sama (Saneamento Básico do Município de Mauá) não informou como tem agido sobre seus débitos.




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