A oposição de São Bernardo registrou BO (Boletim de Ocorrência) no 3º DP (Assunção) pedindo investigação sobre quem são os autores de panfleto apócrifo distribuído na segunda-feira em vários bairros da cidade dizendo que o bloco contrário à gestão de Luiz Marinho (PT) votou contra o projeto de lei que institui o passe livre a estudantes da rede pública.

O folheto indica que não votaram a favor do texto os vereadores Manuel Martins (PPS), Julinho Fuzari (PPS), Estevão Camolesi (PPS), Marcelo Lima (PPS), Hiroyuki Minami (PSDB), José Alves da Silva, o Índio (PR), Ramon Ramos (PDT) e José Luiz Ferrarezi (PT) – os três últimos são governistas, sendo que Índio e Ramon não estavam na sessão e Ferrarezi, por ser presidente da Casa, ficou impedido de votar.

Entretanto, o projeto de lei foi referendado por todos os vereadores – inclusive os de oposição. O panfleto traz reprodução de votação dos pareceres de comissões da Câmara, debate que antecede à análise final do texto. A aprovação unânime da Casa à proposta de passe livre, aliás, foi registrada pela assessoria da presidência, em comunicado encaminhado à imprensa.

“Eles querem desviar o foco do corte da merenda e da vinda da secretária para a Câmara. É um absurdo”, afirmou Marcelo Lima, relembrando da sabatina que será realizada hoje com a titular da Pasta de Educação, Cleuza Repulho (PT), que apresentará justificativas para mudanças no plano alimentar na rede pública.

Marcelo evitou dizer textualmente que o panfleto foi confeccionado pelo governo Marinho, afirmando não haver provas da autoria da carta. “Uma eleitora minha, que mora na Vila Jerusalém, me ligou e disse que o folheto estava na caixa de correio. Depois fiquei sabendo da existência da carta no Alvarenga e no Riacho Grande. Isso é crime”, discorreu o popular-socialista.

O projeto do passe livre de São Bernardo foi aprovado pela Câmara no dia 11 e vale para alunos regularmente matriculados em cursos dos ensinos Básico, Fundamental, Médio e Superior.