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MST faz ato contra agronegócio em fazenda de avestruzes em PE
10/03/2006 | 00:22
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Cerca de 200 integrantes do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra) derrubaram, quinta-feira pela manhã, um outdoor da Avestruz Master colocado na entrada da fazenda onde se encontram 502 avestruzes da empresa, na PE-50, em Vitória de Santo Antão, na zona da mata pernambucana. Com foices e facões eles cortaram a cerca da propriedade e a madeira do cavalete que sustentava o imenso cartaz, que foi ao chão.

Em seguida, ocuparam a propriedade por uma hora e meia, para um "protesto simbólico" contra "a mentira do agronegócio" e a "financeirização da agricultura", de acordo com o líder Jaime Amorim. Da direção nacional do MST, Amorim pediu a punição dos idealizadores e donos da Avestruz Master, que responsabilizou pelo prejuízo causado a centenas de pessoas e também pelo sofrimento dos animais, que chegaram a morrer de fome e sede.

"Este é um modelo que não precisa trabalhar na terra, basta criar um projeto, fazer propaganda e iludir as pessoas", discursou. "É uma agricultura virtual, que não ajuda a resolver o problema da fome e da distribuição de terra e renda. Queremos um sistema de agricultura com soberania nacional."

Apelo - "Pelo amor de Deus, não mexam nas avestruzes, não quebrem as cercas onde elas estão, senão elas escapam", apelava, assustado, o dono da fazenda Marapicu, Leonardo Tibúrcio, que arrendou sua propriedade à Avestruz Master, na chegada dos militantes, por volta das 9h20. As cercas que limitavam a área dos animais não foram tocadas.

Os manifestantes colocaram água nos cochos de alimento e fizeram muito barulho, expressando pena dos animais que ainda não se alimentam com a freqüência e regularidade devidas.

"Com essa zoada elas ficam estressadas, podem morrer", lamentava Tibúrcio, que pediu a presença da Polícia Militar. Onze policiais apenas acompanharam a manifestação.




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