A lei que determina a venda de pães por peso e não mais por unidade não prevê o aumento no preço do pãozinho. Desde a última sexta-feira, panificadoras de todo o pais estão obrigadas a cumprir a lei encabeçada por Antônio Carlos Henriques, vice-presidente da Abip (Associação Brasileira da Indústria da Panificação) e presidente do Sindicato da Indústria de Panificação e Confeitaria da Região do ABC.

 “O aumento na farinha de trigo, que atingiu quase 30%, foi repassado para o preço do pão, por este motivo alguns consumidores se depararam com a alteração do valor. Este aumento coincidiu com o projeto de lei que entrou em vigor e o consumidor teve esta falsa impressão”, afirma Henriques.

A farinha de trigo representa 25% do valor final do produto. O aumento da matéria-prima foi resultado de uma safra que apresentou uma redução de 50% somada à escassez do grão, que por conseqüência, valoriza o produto. Portanto, o pão a peso não foi o responsável pelo aumento do pãozinho: “A lei faz com que o consumidor pague um preço justo referente ao preço do produto. A média ficou entre R$ 4 e R$ 6 por quilo”, esclarece Henriques.