Política Titulo Diadema
Legislativo aprova novo carro oficial

Vereadores citam tempo de uso como mote para troca; Reali gastou R$ 130 mil

Por Raphael Rocha
do Diário do Grande ABC
18/05/2012 | 07:00
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Vereadores de Diadema avaliaram como normal a compra de um Toyota Corolla XEI 2.0 para uso do prefeito Mário Reali (PT). O veículo blindado, que custou R$ 130 mil aos cofres públicos, vai substituir outro Toyota Corolla, ano 2007.

"O carro do prefeito é como se fosse um carro normal. Demanda gastos com manutenção, tem desgaste com o tempo. Depois de cinco anos, acaba compensando mais trocar do que continuar gastando com conserto", disse Orlando Vitoriano (PT), líder do governo na Câmara.

A análise do petista foi acompanhada pelos governistas João Pedro Merenda (PPS) e Célio Lucas de Almeida, o Célio Boi (PSB). "Ele (Reali) trocou seis por meia dúzia", comentou o socialista, se referindo ao preço despendido pela administração. Em 2007, a Prefeitura - ainda sob gestão do deputado federal José de Filippi Júnior (PT) - adquiriu o Toyota Corolla EGI 2.0 por R$ 125,7 mil.

Os oposicionistas também não criticaram a compra do veículo. Pré-candidato a prefeito pelo PV, o vereador Lauro Michels apenas questionou que o automóvel poderia ser obtido após as eleições. "Poderia gastar esses R$ 130 mil na Saúde agora e trocar o carro depois".

O tucano José Francisco Dourado comparou a aquisição do veículo oficial à compra do avião feita em 2005 pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva - a aeronave ficou conhecida como ‘Aerolula'. "Foi uma atitude bonita do Mário. Comprou o carro agora para deixar para seu sucessor. O Zé Augusto gostará de andar nesse carro a partir do ano que vem", brincou Dourado, fazendo ligação com a pré-candidatura a prefeito do ex-deputado estadual José Augusto da Silva Ramos (PSDB).

 

Câmara debate extensão de veto de ônibus sem cobrador

A Câmara de Diadema adiou, por um mês, a votação de projeto que estende a proibição de circulação de ônibus de linhas municipais sem cobrador. O projeto, vigente na cidade desde 1998, será ampliado, com o veto à dupla função do motorista que dirige micro-ônibus e veículos de médio porte, conhecido como ‘micrão'.

A propositura também rejeita a instalação de catracas eletrônicas nos carros, reforçando a contratação de cobradores pelas empresas que atuam no município.

"Estamos preservando a segurança do passageiro e do motorista também. Chega a ser desumano ver o motorista tendo de trabalhar em horários de pico e dando o troco aos passageiros. E, se há algum problema no troco, quem acaba pagando o pato é justamente o motorista", alegou o vereador José Francisco Dourado (PSDB), autor da matéria.

O projeto foi adiado ontem por, no entendimento dos parlamentares, permitir brechas que poderiam ser exploradas pelas empresas. "Eu não tinha incluído o ‘micrão' na lei. Poderia prejudicar o usuário", atestou Dourado.

O texto será debatido ainda entre vereadores, o secretário de Transportes da Prefeitura, Ricardo Perez, e empresários do setor. Ainda não há data para a realização do encontro.

"Queremos fazer uma reunião para discutir não somente a questão dos cobradores. Queremos pautar também a qualidade oferecida do serviço", afirmou o vereador tucano.




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