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Sumiço de Ozelito frustra governo
Mark Ribeiro
do Diário do Grande ABC
05/10/2011 | 07:05
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A base de sustentação ao governo do prefeito de Mauá, Oswaldo Dias (PT), bem que tentou, mas, de novo, não conseguiu reunir os 12 votos necessários para aprovar o projeto que autoriza o Executivo a vender área pública de 98 mil metros quadrados, no bairro Sertãozinho. Tudo porque Irmão Ozelito (PTB), sem justificar, não compareceu à plenária de ontem na Câmara.

Com o sumiço do vereador, o líder do governo, Rômulo Fernandes (PT), conseguiu adiar a votação da peça para terça-feira. Se o projeto fosse apreciado ontem, a oposição, que conta com cinco parlamentares, conseguiria reprová-lo, já que o quorum para sua aprovação é de dois terços. Conforme o antecipado pelo Diário, pouco mais de 9.000 metros quadrados da área atingem o Rodoanel Sul - o terreno ainda abriga duas nascentes.

Para não ter de repetir o feito da semana passada e pedir o adiamento da matéria, o bloco governista conseguiu recrutar Pastor Altino Moreira (PRB), que estava ausente das sessões há 48 dias. O voto do republicano era o que faltava para o aval ao projeto, não fosse a inesperada ausência de Ozelito.

"Pedi o adiamento porque o Ozelito não está aqui. Assim, não temos votos (para aprovar). Não poderíamos correr o risco de ter o projeto reprovado", disse Rômulo, justificando o adiamento. O petista salientou ter tentado entrar em contato com o petebista por "três ou quatro vezes", todas sem êxito. O Diário procurou o vereador em seu telefone celular, mas também não obteve retorno.

MAIS 37 CARGOS

Sem precisar do parecer de Ozelito, a Câmara aprovou, em primeiro turno, a criação de 37 cargos efetivos (que serão preenchidos por concurso público) na Casa. A peça voltará à discussão em plenário na terça-feira para receber o parecer definitivo dos vereadores.

Os salários previstos variam entre R$ 1.180,52 (auxiliar de limpeza) a R$ 4.548,36 (economista, procurador e chefe de recursos humanos). O aval à matéria acarretará impacto anual de R$ 1 milhão no Orçamento do Legislativo.

Servidores cobram reativação de convênio médico

Os vereadores de Mauá se reuniram ontem com dois grupos de servidores públicos (um formado por professores da rede municipal, e outro por funcionários de diversas áreas) que cobram a retomada da concessão do convênio médico pela Prefeitura. A categoria é atendida pelo Sistema Único de Saúde desde 4 de agosto, quando o contrato do Paço com a Saúde Medicol se encerrou.

Há dois meses, o Executivo deu como certa a efetivação de contrato emergencial com a Santamália até que fosse finalizado o processo de licitação para a contratação de empresa definitiva. Mas a parceria não se concretizou e o edital da concorrência deverá ser publicado somente nesta semana. "Achamos melhor firmar instrumento definitivo do que emergencial", simplifica o secretário de Governo, José Luiz Cassimiro, sem estipular prazo para o desfecho do trâmite, que deverá se arrastar por mais um mês.




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