Prefeitos eleitos no dia 2, Adler Kiko Teixeira (PSB), de Ribeirão Pires, e Gabriel Maranhão (PSDB), reeleito em Rio Grande da Serra, apostam em vitórias de Paulinho Serra (PSDB-Santo André), Orlando Morando (PSDB-São Bernardo), Lauro Michels (PV-Diadema) e Atila Jacomussi (PSB-Mauá) na eleição de hoje.

Indagados pelo Diário sobre os cenários eleitorais em outras cidades, o socialista e o tucano acreditam em derrocada do PT. O petismo disputa ainda Santo André, com o prefeito Carlos Grana, e Mauá, com o chefe do Executivo, Donisete Braga – Alex Manente (PPS), de São Bernardo, e Vaguinho do Conselho (PRB), de Diadema, completam a lista de prefeituráveis no segundo turno no Grande ABC. José de Auricchio Júnior (PSDB), eleito em São Caetano, não retornou os contatos para declarar seus palpites. “Acredito nas vitórias do Paulinho, Orlando, Lauro e Atila. Consigo avaliar melhor as (campanhas) do Orlando e do Atila por ter participado de algumas atividades. Foram campanhas em que vi muita mobilização nas ruas, uma aceitação muito grande. Nas demais cidades, é mais pelo que estou acompanhando de longe”, ponderou Kiko.

Prefeito de Rio Grande da Serra entre 2005 e 2012, Kiko integra o grupo político montado por Morando no Grande ABC, bloco esse que possui ainda Paulinho Serra, Lauro Michels e Fabio Palacio (PR, terceiro colocado na eleição em São Caetano) como protagonistas. O socialista, porém, se desentendeu com Lauro, de quem foi chefe de Gabinete em 2013 na Prefeitura de Diadema, e extraoficialmente apoiou a candidatura do empresário Taka Yamauchi (PSD), que terminou na quarta colocação o pleito diademense e foi a surpresa na cidade.

“Há pessoas que já têm um histórico político, como o Orlando, o Paulinho e o Atila. Todos esses candidatos têm bagagem de conquistas. Em Diadema, tenho amizade com o Lauro e torço e vejo que ele tem chances de ser reeleito”, vislumbrou Maranhão, que também orbita no grupo político de Morando.

Kiko afirmou esperar pela montagem mais robusta do Consórcio Intermunicipal a partir de 2017 caso seus palpites eleitorais se concretizem. “O PT sempre teve uma história exitosa no Grande ABC, seu berço político. Sem o partido no Executivo, imagino um Consórcio com mais força e proximidade com o governo do Estado. Porém, isso tudo vai depender de como será o tom de cada um, logo no início das gestões. Tem municípios com situações financeiras mais apertadas”, analisou o próximo prefeito de Ribeirão, cidade que enfrenta grave crise econômica sob governo de Saulo Benevides (PMDB).

Maranhão também aguarda por parceria mais estreita com a gestão estadual com quadro de prefeitos de fora do PT. “Torço para que de fato tenhamos projetos e que o governo do Estado possa fazer essa parceria com todos nós. Acredito que será mais fácil dialogar com o governo do Estado, somos todo dessa base e sabemos do desejo de o nosso governador (Geraldo Alckmin, PSDB) chegar à Presidência (da República). Então, estou esperançoso para que isso (parceria) ocorra e que nossa região saia desta situação de crise.”