Possíveis reversões na Justiça Eleitoral de candidaturas a vereador no Grande ABC consideradas indeferidas ainda podem promover mudanças no cenário da lista de eleitos, modificando a configuração das forças políticas. Se computadas, as votações do parlamentar Sargento Juliano (PSB, Santo André), do ex-deputado Edinho Montemor (PSDB, São Bernardo), do vereador Cidão do Sindicato (SD, São Caetano), e da parlamentar Sandra Regina Vieira (PTdoB, Mauá), mexeriam com o coeficiente da coligação. Todos entraram com recurso da decisão, em trâmite.

Juliano obteve 5.332 votos, sendo o terceiro mais votado do pleito. A impugnação do registro se deu pelas contas rejeitadas da Câmara de 2009 e 2010, quando presidiu a Casa. O PSB, de Aidan Ravin, fez apenas uma cadeira na Câmara, com o vereador Almir Cicote, último eleito da coligação, aliada ao PRB, que contabilizou o êxito dos parlamentares Roberto Rautenberg e bispo Ronaldo de Castro. Não há nome certo de quem perderia a vaga.

Edinho alcançou 1.433 votos e tem entrave com documentação. O tucanato fez sete cadeiras. Com eventual aval, poderia abrir outra vaga ao PSDB, com Ary de Oliveira, ex-vereador. <EM>Cidão conquistou 972 votos no arco do SD-PTB e ainda consta rejeição por abuso do poder econômico no pleito de 2014. No arco, Everaldo Silva também aparece sem validade. A alteração pode dar fôlego ao vereador petebista Paulo Bottura, fora do rol de eleitos. O coeficiente na cidade ficou em 4.962 sufrágios. A chapa amealhou 4.374. Já Sandra conseguiu 1.016 votos. Caso da parlamentar remete ao convênio, considerado em alguns pontos ilegal, com o Instituto Sorrindo para Vida, em 2007. O PTdoB, sozinho, fez três assentos. Há expectativa que reversão possa dar lugar ao vereador Luiz Alfredo dos Santos Simão.