Na noite de quarta-feira, o Ginásio do Ibirapuera, em São Paulo, lotou para a apresentação de uma das bandas mais importantes do rock mundial. O lendário Queen (que fez sucesso com Freddie Mercury, morto em 1991) levou ao delírio, com o cantor Adam Lambert por mais de duas horas, aqueles que conseguiram garantir ingresso para a turnê Don’t Stop Them Now. As entradas estavam esgotadas desde junho.

Com pontualidade britânica, o show teve início às 22h. Com efeitos visuais ‘à lá Pink Floyd’ – pirotecnia e muita luz –, a banda começou o espetáculo com One Vision, do álbum A Kind of Magic, de 1986. Ao todo foram 28 músicas, passando por toda a carreira.

Apesar da dura tarefa de substituir ninguém menos do que Mercury, Lambert não decepcionou. Não há como comparar a voz de ambos. E nem foi intenção de Lambert imitar a maneira de cantar de Mercury. E foi isso que deixou a apresentação interessante. O novato impôs sua maneira de cantar, agradando ao público. Show à parte foram os dois remanescentes da formação original, Brian May (guitarra e voz) e Roger Taylor (bateria e voz). Ambos, já com cabelos brancos, foram ovacionados pelo público várias vezes.

Um dos pontos altos foi quando May, antes de iniciar a balada Love of My Life, lembrou o show histórico do Queen no primeiro Rock In Rio, em 1985. Após May iniciar a música, surgiu no telão a imagem de Freddie Mercury, que o acompanhou em trechos da apresentação. Como em 1985, todos os presentes fizeram bonito ao entoar em coro o refrão do clássico. E não faltou gente chorando de emoção.

Destaque foi também Bohemian Rhapsody, com novamente a imagem de Mercury no telão, desta vez, porém, acompanhando Lambert. We Will Rock You e We Are The Champions, dois hinos do rock, ficaram para o fim, fechando o show com chave de ouro.

O Queen, com Adam Lambert, faz mais duas apresentações em terras brasileiras: hoje, no Rio de Janeiro, quando encerra a primeira noite do Rock in Rio, e na segunda feira, em Porto Alegre.